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Goiânia, 02/10/25
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Divulgação - Secom Goiás

Secretário de Indústria e Comércio, Joel Sant’Anna, destaca investimentos bilionários, geração de empregos e avanço do Plano Estadual de Recursos Minerais como pilares para atrair parcerias internacionais

Joel Sant’Anna projeta Goiás como referência mundial na mineração de terras raras

03/09/2025, às 16:22 · Por Redação

Goiás entrou definitivamente no radar do mercado internacional de mineração como polo estratégico na produção de terras raras e outros minérios indispensáveis à indústria de alta tecnologia. O potencial atraiu a atenção de países como o Japão, que na última semana enviou missão oficial para visitar Minaçu, Goiânia e Aparecida de Goiânia. O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho, ressalta que o estado reúne recursos fundamentais para inovação. “São minerais essenciais para o desenvolvimento tecnológico”, afirmou, lembrando que, além dos 17 elementos de terras raras, Goiás também se destaca na extração de nióbio, bauxita, ouro e quartzo.

O secretário Joel de Sant’Anna destaca a importância das reservas goianas de óxidos de terras raras (OTR), minérios estratégicos para a produção de motores elétricos, equipamentos eletrônicos e de defesa, cuja oferta mundial é hoje concentrada na China. Embora presentes em outras regiões do Brasil, Goiás se diferencia por sediar, em Minaçu, a Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM) — única empresa fora da Ásia a produzir, em escala comercial, quatro elementos magnéticos de alto valor: disprósio (Dy), térbio (Tb), neodímio (Nd) e praseodímio (Pr).

Segundo Sant’Anna, esses minerais têm “valor extraordinário para o mundo” e tornam o estado um parceiro estratégico no cenário global. Ele explica que o desafio não está apenas em encontrar os 17 elementos de terras raras, mas em separar e combinar os metais críticos para gerar o produto final: ímãs utilizados em baterias, chips, tomógrafos, carros elétricos e motores de navios e trens.

A expansão da exploração conta com investimentos expressivos. Em Nova Roma, a Aclara Resources vai aplicar recursos bilionários no processamento de argilas iônicas, com previsão de gerar 5,7 mil empregos. O projeto é considerado referência mundial em mineração circular, por reutilizar 95% da água e eliminar o uso de barragens ou explosivos. Em abril, a multinacional chilena inaugurou, em Aparecida de Goiânia, uma planta fabril dedicada ao projeto, que já soma R$ 2,8 bilhões em investimentos no estado.

“Isso tudo só é possível porque o Governo de Goiás tem um projeto e tem a gestão do governador Ronaldo Caiado, que investe em educação, em saúde, em segurança. Isso proporcionou à Secretaria de Indústria e Comércio condições para fazer projetos e atrair novos investimentos na área industrial, na área de comércio, na área de serviço e na área de mineração”, afirma o secretário.

À frente da SIC desde 2021, Joel Sant’Anna explica que Goiás aderiu a uma visão estratégica no segmento, fruto de investimentos e planejamento para instituir o Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM-GO). “O Governo do Estado investiu mais de R$ 2 milhões, nesses últimos 3 anos, em pesquisas e também para que possamos dar segurança jurídica para novos investimentos”, acrescenta. O trabalho concentra esforços para fomentar políticas públicas que contemplem as necessidades e potencialidades do setor mineral em Goiás para os próximos 20 anos.

A iniciativa está alinhada ao objetivo do Governo de Goiás de ampliar o conhecimento geológico no estado. Por meio da Superintendência de Gestão Estratégica do Setor Produtivo, a SIC promove estudos geológicos básicos, com mapeamento e levantamentos geofísicos e geoquímicos. “Goiás, apesar de ter só 35% do seu solo geologicamente estudado, é um grande produtor de minérios”, pontua ele, lembrando que a atuação tem reflexo na diversidade de extração de outros componentes no território goiano, como o quartzo (Cristalina), o nióbio (Catalão) e ouro (Mara Rosa).

Além do impulso comercial e industrial, segundo Joel Sant’Anna, há uma oportunidade sem precedentes para estabelecer parcerias internacionais com países mais avançados em áreas que podem impulsionar melhorias econômicas e sociais para os goianos. “Que a gente alcance melhores empregos, melhores salários, que possa ter condições de ter energia também para mover os centros que desenvolvem inteligência artificial, porque consomem muita energia. Então a gente precisa dominar algumas tecnologias para fazer essa transição”, diz.


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