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Testemunhas relataram que o produto usado teria origem duvidosa
Falsa biomédica vai a júri popular por morte de influenciadora após procedimento estético em Goiânia
02/09/2025, às 16:36 · Por Redação
A Justiça de Goiás decidiu que Grazielly da Silva Barbosa, acusada de se passar por biomédica, será julgada pelo júri popular pela morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos. O caso ocorreu em junho de 2024, em Goiânia, após a aplicação de PMMA nos glúteos da vítima.
A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida, que considerou haver provas suficientes da materialidade e indícios claros de autoria. Grazielly foi pronunciada por homicídio qualificado, exercício ilegal da medicina e crime contra o consumidor. Ela seguirá respondendo ao processo em liberdade, em prisão domiciliar. A data do julgamento ainda não foi marcada.
O caso
Aline, que vivia no Distrito Federal, pagou R$ 3 mil pelo procedimento realizado na clínica de Grazielly em Goiânia. Dias depois, começou a passar mal e recebeu da clínica apenas a orientação de tomar um remédio para dor. Em 27 de junho, desmaiou e foi internada em um hospital particular, vindo a falecer em 2 de julho de 2024.
Testemunhas relataram que o produto usado pela falsa biomédica teria origem duvidosa, supostamente importado do Paraguai, e que o PMMA era misturado com óleo antes da aplicação.
As investigações apontaram ainda que a clínica funcionava de forma irregular: não havia prontuários médicos, anamnese dos pacientes, exames pré-operatórios ou contratos de prestação de serviços. O local foi interditado.
Falsa biomédica Influenciadora