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Carro de luxo blindado modificado para esconder metralhadora para matar promotor de SP

Carro de luxo blindado seria usado em plano para matar promotor em SP

31/08/2025, às 08:46 · Por Redação

Um carro de luxo blindado, adaptado em Goiás para acoplar uma metralhadora .50, foi identificado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como peça central em um plano para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

A investigação aponta que um empresário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) obteve o veículo, modelo Hilux SW4, e o modificou para uso no crime. O carro foi flagrado no dia 9 de agosto na GO-070, em Itaberaí, segundo informações da TV Anhanguera. O objetivo seria contratar um atirador no Rio de Janeiro para a execução.

Na última sexta-feira (29/8), a operação cumpriu mandados de prisão e busca em Campinas (SP). Dois empresários foram detidos. O Ministério Público informou que um deles foi responsável por levar o carro até Goiás, em troca de um Porsche repassado por um chefe do PCC. O plano também previa o assassinato de um comandante de polícia em São Paulo, cujo nome não foi divulgado.

De acordo com o promotor Marcos Rioli, do MPSP, o esquema já estava prestes a ser executado. “Esse plano já estava na iminência de ocorrer, já que esses indivíduos já tinham um carro preparado para a utilização na execução. Um carro blindado, com armamento pesado, armamento de guerra, segundo consta, uma .50”, afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

Segundo o MPSP, o empresário que articulou a ação buscava recuperar prestígio dentro da facção, após ser investigado por crimes de lavagem de dinheiro.

O promotor Amauri Silveira afirmou que casos de ameaças não são novidade para quem atua contra o crime organizado. “A gente mostra uma situação preocupante em que criminosos ultrapassam mais uma linha no sentido de afrontar o Estado democrático de direito”.

O MPSP divulgou nota de solidariedade ao colega e reforçou a continuidade das investigações. “Repudiamos com veemência qualquer forma de ameaça ou intimidação contra membros do Ministério Público e das forças de segurança. Esses atos não nos enfraquecem, pelo contrário, reforçam a nossa missão de atuar firme contra o crime organizado, em defesa da sociedade e do Estado Democrático de Direito”.


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