P U B L I C I D A D E
Poder Goiás

Goiânia, 28/11/25
Matérias
Divulgação

Defesa afirma que decisão evidencia fragilidade do inquérito; seis pessoas foram indiciadas no caso

Justiça solta mãe e filha suspeitas de internar servidora do TJGO à força

29/08/2025, às 08:52 · Por Redação

A Justiça concedeu habeas corpus a Eliane de Paula Souza e Isabela de Paula Silva, mãe e filha suspeitas de sequestrar e internar à força uma servidora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) em uma clínica clandestina para dependentes químicos, em Goiânia. A decisão foi tomada na última terça-feira (26) pelo desembargador Sival Guerra Pires, da 4ª Câmara Criminal.


Segundo a Polícia Civil, a vítima – filha e irmã das investigadas – foi levada contra a vontade no dia 7 de maio, um dia antes de uma audiência judicial sobre disputa de bens da família. A servidora foi retirada de dentro do próprio carro por funcionários da clínica, que agiram com apoio da irmã dela, no condomínio onde mora, no Setor Oeste. O episódio foi registrado por câmeras de segurança.


A investigação concluiu que a internação tinha como objetivo impedir a participação da vítima na audiência de partilha. A delegada responsável pelo caso, Gabriela Adas, destacou que ficou comprovado que a servidora não era dependente química e teve a liberdade cerceada por interesse patrimonial.


Indiciamentos


Seis pessoas foram indiciadas:


Mãe e irmã da servidora, pelos crimes de sequestro, furto e coação no curso do processo;


Proprietários da clínica, por associação criminosa, cárcere privado, sequestro e lesão corporal.


A clínica, localizada no setor Chácaras de Recreio Samambaia, foi interditada por funcionar sem alvará. O local cobrava entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil para realizar internações forçadas mediante contenção física. Mulheres que estavam no espaço foram ouvidas pela polícia e algumas encaminhadas para familiares.


Defesa contesta acusações


Em nota, o advogado Samuel Maia Aquino, que representa Eliane e Isabela, afirmou que a decisão de soltura “evidencia que o relato fático contido no inquérito não se sustenta” e classificou a acusação como um “enredo de culpabilidade” que teria manchado a honra da família. A defesa sustenta que ambas continuarão colaborando com a Justiça para esclarecer o caso.


TJ-GO Mãe Filha Força