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Mesmo com queda de 10% no número de unidades vendidas, o mercado imobiliário da capital goiana registra recorde em valor movimentado. Unidades comerciais puxaram crescimento
Venda de imóveis em Goiânia atinge R$ 4,1 bilhões no 1º semestre, com valorização de 12%
26/08/2025, às 16:01 · Por Redação
O mercado imobiliário de Goiânia movimentou R$ 4,1 bilhões em vendas de apartamentos, salas comerciais e casas prontas no primeiro semestre de 2025. O valor representa alta de 11% em relação ao mesmo período de 2024, que já havia sido recorde na série histórica de 15 anos, segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).
Apesar de o número de apartamentos vendidos ter sido 10% menor, a valorização dos preços, que acumula 12% em 2025, sustentou o crescimento.
Foram lançadas 4.843 novas unidades residenciais, crescimento de 6% em relação a 2024. Mesmo assim, o estoque total permaneceu estável, com 10.468 imóveis disponíveis para venda.
Esse equilíbrio contrasta com o aumento populacional. Goiânia cresceu 10% entre 2010 e 2022 e a estimativa do IBGE é de avanço de 15% até 2024.
“Com mais pessoas e o mesmo estoque, a disponibilidade de imóveis por habitante vem caindo ano a ano, o que ajuda a explicar a valorização acelerada na capital”, destacou Credson Batista, diretor de Pesquisas da Ademi-GO.
Os bairros Bueno, Marista e Oeste concentram os maiores estoques. Já em Aparecida de Goiânia, a situação é ainda mais restrita: apenas 377 unidades disponíveis, para uma população que cresceu 20% na última década.
Um dos destaques foi o mercado de unidades comerciais, que saltou de R$ 174 milhões em vendas no primeiro semestre de 2024 para R$ 619 milhões neste ano — crescimento de 256%. Segundo o presidente do Conselho da Ademi-GO, Fernando Razuk, o resultado reflete a performance de dois grandes lançamentos que venderam mais de 70% de suas unidades logo na abertura.
“Com Goiás crescendo acima da média nacional há 15 anos, a demanda por salas comerciais dispara. Já temos empreendimentos sendo vendidos a mais de R$ 20 mil o metro quadrado”, afirma.
Dados da Abecip mostram que o número de imóveis financiados cresceu 8% em relação ao ano passado, chegando a 179.454 unidades. Para os compradores, os financiamentos seguem atrativos: juros entre 8% e 12% ao ano, inferiores à Selic de 15%, além da valorização contínua dos imóveis — em torno de 20% ao ano nos últimos três anos.
Já para os incorporadores, os bancos têm destinado linhas de crédito mais caras, o que pressiona a viabilidade de novos projetos. “O crédito para empresas está mais restrito, mas o mercado se ajusta repassando custos ao preço final das unidades”, observa Razuk.
O preço médio do metro quadrado em Goiânia subiu 12% nos seis primeiros meses de 2025, alcançando R$ 10.395. No mesmo período de 2024, o valor era de R$ 9.287.
Comparando junho de 2024 com junho de 2025, a alta acumulada foi de 15,2%. Entre os fatores que pressionam os preços estão a escassez de mão de obra, a alta demanda e as limitações do novo Plano Diretor, que reduziu o aproveitamento máximo dos terrenos na capital.
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