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Goiânia, 28/11/25
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Dados da PNAD Contínua mostram que 50,1% das residências do estado têm liderança feminina; em Goiânia, índice chegou a 51,9%

Pela 1ª vez, mulheres chefiam maioria dos lares em Goiás, aponta IBGE

23/08/2025, às 16:25 · Por Redação

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2024, divulgada pelo IBGE, mostra que pela primeira vez na série histórica iniciada em 2014, as mulheres se tornaram maioria na chefia dos lares em Goiás. O levantamento aponta que 50,1% dos domicílios goianos são chefiados por mulheres, superando os 49,9% sob responsabilidade masculina.

O avanço confirma uma tendência crescente registrada ao longo da última década. Em 2014, apenas 33,7% dos lares tinham liderança feminina. Desde então, o índice evoluiu de forma contínua até atingir a maioria em 2024.

No Brasil, a virada ocorreu em 2022, quando 51,2% das residências passaram a ser chefiadas por mulheres. Em 2024, a média nacional chegou a 51,9%. Em Goiânia, os números são ainda mais expressivos: 51,9% dos lares são chefiados por mulheres, percentual semelhante à média nacional e superior ao estadual.

A socióloga Maria Aparecida Guimarães analisa que o fenômeno tem raízes históricas ligadas à participação feminina no mercado de trabalho, intensificada no século XX e ampliada no contexto atual. “As mulheres hoje querem autonomia. Isso mudou o tipo de relação entre homem e mulher. Elas não dependem mais exclusivamente dos homens para sobreviver”, afirmou ao jornal Opção.

Já o sociólogo João Coelho destaca a ambivalência do dado. Segundo ele, a chefia feminina dos lares também reflete abandono ou insuficiência financeira masculina. “A aparente conquista esconde, em muitos casos, situações de vulnerabilidade”, disse. Ele ressaltou que o perfil predominante é de mulheres negras ou pardas, com baixa escolaridade e sobrecarga de trabalho.


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