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Sanções norte-americanas ampliam pressão sobre instituições financeiras brasileiras, e ações do banco estatal caem 5%

Banco do Brasil é o mais vulnerável a efeitos da Lei Magnitsky

22/08/2025, às 09:44 · Por Redação

O mercado financeiro brasileiro acompanha os desdobramentos da Lei Magnitsky, legislação norte-americana que prevê sanções contra autoridades estrangeiras e recentemente incluiu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A medida cria um dilema para as instituições financeiras do país: se aplicarem restrições determinadas pelos Estados Unidos, podem ser punidas pela Justiça brasileira; se não aplicarem, correm risco de penalidades no mercado americano.

Entre os bancos, o Banco do Brasil aparece como o mais exposto a essa situação. Na terça-feira, 19, os papéis do banco estatal recuaram 5%, resultado inferior ao desempenho de seus concorrentes privados. Itaú, Bradesco e BTG Pactual também registraram perdas, mas em proporções menores.

Segundo especialistas, a vulnerabilidade maior do Banco do Brasil está ligada à sua natureza estatal. “O funcionalismo público tem presença maior no Banco do Brasil. Por ter um controlador estatal, ele está mais suscetível a se inclinar à legislação brasileira, enquanto o setor privado pode encontrar formas de mitigar os prejuízos”, afirmou Nícolas Merola, analista da EQI Research, em entrevista à Veja.

O analista avalia que bancos privados contam com maior flexibilidade para justificar eventuais encerramentos de contas ou restrições, reduzindo o risco de embates entre legislações distintas. Já no caso do Banco do Brasil, a proximidade com o governo aumenta a probabilidade de adoção de medidas de proteção a autoridades brasileiras, o que amplia a exposição a sanções internacionais.


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