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Prefeito de Goiânia aposta em tapete artificial para reduzir custos e manutenção; especialistas contestam argumentos e alertam para riscos ambientais
Mabel pretende ampliar uso de grama sintética incluindo parques de Goiânia
21/08/2025, às 15:13 · Por Redação
Uma semana após a instalação de grama sintética em trechos da Avenida Castelo Branco e da Rua 44, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou que pretende expandir a cobertura artificial para outras áreas da capital — incluindo o Parque Vaca Brava. A ideia, segundo ele, é criar “ilhas” de grama sintética sob árvores, onde a vegetação natural não se desenvolve.
Mabel defendeu a medida nesta quarta-feira (20), durante a assinatura do contrato para a canalização do Córrego Cascavel, no Setor Campinas. O prefeito argumentou que o tapete de plástico oferece vantagens sobre a grama natural, especialmente no período seco.
“Ontem fui medir a temperatura: a grama sintética é dois graus mais baixa que a grama seca. Ela não esquenta mais que a grama natural ressecada”, afirmou.
Entre os pontos destacados pelo gestor estão a redução de custos, a padronização estética e a diminuição da poeira. Ele também citou o impacto no trânsito causado pela manutenção da grama natural:
“Um canteiro é podado 18 vezes ao ano. São 18 vezes em que o trânsito é atrapalhado, com vias interditadas e risco de quebrar vidros de carros”, disse.
A Comurg reforçou a posição do prefeito em nota, destacando economia de água, menor necessidade de manutenção e redução de transtornos com podas.
Mabel afirmou que seguirá estudando a expansão do uso da grama sintética em Goiânia, com ressalvas: a cobertura não deve ser implantada em canteiros mais largos, mas pode ser aplicada em áreas de sombra nos parques da capital.
“Ali no Vaca Brava, debaixo das árvores, o que tem é um terrão que não serve para nada. Vamos estudar fazer algumas ilhas com grama sintética para as pessoas poderem fazer piqueniques também nesses espaços”, disse o prefeito.
Sandro Mabel Grama artificil

