Fraude em pagamento a aposentados mortos pode ter gerado prejuízo de R$ 3 milhões

Um esquema de fraude no sistema de pagamento da folha da Prefeitura de Goiânia, que pode ter causado um prejuízo de R$ 3 milhões, está sendo investigado pela Polícia Civil e pela gestão municipal. A investigação aponta que a fraude, que consistia em pagar salários a aposentados mortos ou pensionistas com cadastros desativados, teve início na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD) e envolveu a alteração de cadastros de 55 pessoas. A informação é da repórter Fabiana Pulcineli, do jornal O Popular.

O esquema funcionava com a reinserção de nomes de falecidos na lista de beneficiários da aposentadoria e a alteração dos dados cadastrais para que o salário fosse destinado a uma nova conta bancária. As manipulações eram realizadas entre o fechamento da folha e a remessa, para evitar auditorias.

A investigação, que começou em março após o GoiâniaPrev identificar um pagamento suspeito, aponta para o uso de logins e senhas de 18 usuários do sistema, sendo três deles de funcionários da empresa Sistema de Gestão Pública (Sigep), que fornece o software de gestão de recursos humanos à prefeitura. A empresa, que teve seu contrato firmado em agosto de 2022, na gestão de Rogério Cruz, é administrada por Vinícius Henrique Pires Alves, ex-secretário municipal de Finanças da mesma gestão.

A Polícia Civil, a partir de um relatório da Controladoria Geral do Município (CGM), confirmou a existência de "fortes indícios" das fraudes. A Sigep, por sua vez, divulgou nota afirmando que está colaborando com a investigação e que desligou funcionários com suspeita de envolvimento.

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