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Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$ 76 milhões nas contas dos investigados

Jovair Arantes é alvo de operação da Polícia Federal em Goiás

06/02/2020, às 10:48 · Por Pedro Lopes

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta, 6, a Operação Gaveteiro para apurar desvios de mais de R$ 50 milhões, entre 2016 e 2018, do extinto Ministério do Trabalho. A operação investiga o contrato firmado entre o órgão e uma empresa de tecnologia da informação para gestão de sistemas e detecção de fraudes na concessão de Seguro-Desemprego em Brasília e em mais cinco Estados.

Entre os alvos de buscas estão o ex-deputado e ex-presidente do PTB goiano Jovair Arantes, o ex-assessor da Casa Civil Paulo Tatin e o ex-deputado, ex-ministro do Trabalho do governo Temer e atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Ronaldo Nogueira.

No total, agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão em endereços de Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$ 76 milhões nas contas dos investigados e concedeu medidas cautelares proibindo os envolvidos de se ausentarem do País.

Segundo a PF, a investigação teve início com base em um relatório da Controladoria Geral da União que apontou que a contratação da empresa de tecnologia foi apenas um ‘subterfúgio utilizado pela organização criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, R$ 50 milhões do órgão’.

O objeto da contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças para gestão de sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detecção de fraudes na concessão de Seguro-Desemprego, indicou a corporação.

A Polícia Federal informou ainda que os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular e corrupção ativa e passiva, cujas penas, somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão. 


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