Coluna do Pablo Kossa: É preciso ter cuidado com a concessão dos parques de Goiânia

Fazer concessão à iniciativa privada dos parques de Goiânia? Muita calma nessa hora. Sem um estudo profundo, pode ser uma baita burrada. Podemos entregar os espaços públicos para exploração comercial nas áreas nobres, e estes são justamente os parques que já contam com a melhor zeladoria, e ficar com a gestão municipal dos que não estão cercados de imóveis caros. Por isso toda prudência é pouca.

 

A lista dos parques em estudo divulgada dos que estão em estudo de viabilidade é de deixar com a pulga atrás da orelha. Goiânia tem 70 parques. Estão na mesa o Areião (Pedro Ludovico), Vaca Brava (Bueno), Jardim Botânico (Pedro Ludovico), Cascavel (Jardim Atlântico), Flamboyant (Jardim Goiás), Bosque dos Buritis (Centro), Carmo Bernardes (Parque Atheneu), Lagoa (João Braz), Beija-Flor (Jaó), Bosque Boa Vista (Boa Vista) e Fonte Nova (Jardim Fonte Nova).

 

Olha, só tem filé neste rol. Entregar todas carnes de primeira e ficar com o pescoço é de doer, hein?

 

Segundo o consultor da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp), Flávio Rassi, a ideia de preparar um pacotes de parques pra concessão está em debate.

 

Essa a melhor alternativa: o cara leva um filezão pra exploração comercial e, com ele, mais três ou quatro parques em regiões que não são nobres. Aí a coisa fica mais palatável.

 

O que não é aceitável é que o modelo de concessão seja direcionado exclusivamente para os parques já são os mais bem cuidados da cidade, dos setores mais valorizados. Ou é pra toda Goiânia ou não é pra ninguém.

 

Sem isso em mente, vamos aprofundar a desigualdade do acesso aos espaços de lazer, que infelizmente já é brutal, em nossa cidade.

 

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