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A queda é observada de forma contínua desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora alguns meses tenham registrado oscilações
Dependência do Bolsa Família na economia atinge menor nível desde 2021
19/08/2025, às 14:52 · Por Redação
A participação do Bolsa Família na economia brasileira caiu em julho de 2025 ao menor patamar desde o fim de 2021, período anterior à ampliação do programa feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com levantamento oficial, atualmente existem 40 famílias recebendo o benefício para cada 100 trabalhadores com carteira assinada. No auge, em janeiro de 2023, essa relação chegava a 50 beneficiários para cada 100 empregos formais. Os cálculos não incluem servidores públicos.
A queda é observada de forma contínua desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora alguns meses tenham registrado oscilações.
Em julho de 2025, o Bolsa Família atendia 19,6 milhões de famílias, o menor número desde que o programa foi reformulado no início do governo Lula. Houve uma redução de quase 1 milhão de beneficiários em um único mês, impulsionada principalmente pela melhora da renda domiciliar e mudanças nas regras do programa.
Um dos principais fatores para essa queda é o crescimento da formalização do trabalho. Entre janeiro e maio de 2025, beneficiários do programa representaram 57,7% de todo o saldo positivo de empregos formais—o que mostra que boa parte dos novos postos de trabalho tem sido ocupado por pessoas que estavam no Bolsa Família.
A Regra de Proteção, que permite continuar recebendo 50% do benefício mesmo com emprego formal, teve seu prazo reduzido de 24 para 12 meses em julho de 2025. Isso acelerou a saída de 536 mil famílias que atingiram o limite, e outras 385 mil foram desligadas após ultrapassarem o teto de renda per capita.
Atualmente, há 40 famílias beneficiárias do Bolsa Família para cada 100 trabalhadores com carteira assinada, o menor índice desde o fim de 2021. No auge, em janeiro de 2023, eram 50 beneficiários por 100 empregos formais.
Em 12 estados, principalmente no Nordeste e Norte, o número de beneficiários é maior do que o de empregos formais. No Maranhão, por exemplo, há quase duas famílias no Bolsa Família para cada trabalhador com carteira assinada (1,2 milhão de famílias versus 669 mil empregos formais).
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