Coluna do Pablo Kossa: Vereadores vão assumir o que realmente querem com a CEI da Limpa Gyn?

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) pra investigar a Limpa Gyn foi criada ontem com a leitura em plenário do requerimento do vereador Cabo Senna. Foram 16 vereadores endossando a iniciativa – nenhum da oposição. Ainda dá pra reverter a abertura caso quatro parlamentares retirem as assinaturas antes da publicação no Diário Oficial do Município.

 

Toda situação é tão amorfa que não me arrisco a apostar em qual é a probabilidade de que o Executivo consiga isso. Vou tucanar e ficar em cima do muro. Sorry.

 

É uma derrota do Paço Municipal, por óbvio. Sandro Mabel articulou para que não chegasse a esse ponto. Organizou um almoço com os vereadores, mobilizou uma visita coletiva ao Aterro Sanitário, gastou saliva com ligações. Não deu. Não demoveu nenhum parlamentar do endosso à CEI. Jogo jogado.

 

Não aparenta que a motivação real dos vereadores seja a lisura dos contratos entre Prefeitura e o Consórcio e nem a melhoria do serviço prestado.

 

Dá pra sentir cheiro de chantagem no ar. Se Mabel tivesse cedido à pressão de motivação nada católica de vereadores, a CEI não teria saído do papel.

 

A estratégia do grupo capitaneado por Igor Franco (líder do prefeito que perdeu toda condição política de permanecer neste posto) é repetir o que Goiânia já viu na CEI da Comurg. Pra quem não se lembra, a Comissão fez muito barulho, aparentava que descobriria coisas do arco da velha, mas entregou um relatório pífio. Uma belíssima pizza calabresa pro goianiense.

 

O preço do esvaziamento da CEI da Comurg foi o loteamento total do Paço Municipal da gestão Rogério Cruz aos vereadores.

 

Os parlamentares querem agora repetir a estratégia. Mabel já se mostrou disposto a não repetir o caminho do erro de Rogério.

 

Quem ganha essa queda de braço?

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Pablo Kossa Coluna