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Goiânia, 28/11/25
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A bebê permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia

Pai suspeito de agredir bebê de 3 meses em Anápolis tem quase 20 passagens criminais

15/08/2025, às 15:56 · Por Redação

O homem de 31 anos preso por suspeita de agredir a própria filha, de três meses, em Anápolis, acumula quase 20 registros criminais. Segundo a delegada Aline Lopes, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município, cinco deles estão relacionados a violência contra mulheres e crianças, incluindo lesão corporal, ameaça, injúria e vias de fato. Há ainda anotações por posse de drogas, injúria racial, dano e crimes contra agentes de segurança pública.

A bebê permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Transferida da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis na terça-feira (12), a criança passou, nesta quarta-feira (13), por protocolo de morte encefálica. O procedimento pode levar até 24 horas para confirmar ou descartar a morte cerebral.

Caso afasta hipótese de engasgo

O caso veio à tona no último domingo (10), quando o pai acionou o Corpo de Bombeiros alegando que a filha havia se engasgado no colo da mãe. No hospital, exames indicaram traumatismo cranioencefálico grave, afastando a tese inicial. O homem foi preso ainda durante o atendimento.

Em depoimento, ele admitiu que estava sozinho com a bebê no momento do incidente, mas afirmou que a lesão teria ocorrido durante tentativa de socorro. A Polícia Civil trata o caso como tentativa de homicídio e converteu a prisão temporária em preventiva.

Negligência e maus-tratos

Além da bebê, o casal tem outros três filhos, de 4 a 12 anos. De acordo com a investigação, as crianças viviam em ambiente insalubre e eram deixadas sozinhas com frequência para que os pais pudessem usar drogas, ficando sem acesso a alimentação ou cuidados. Atualmente, estão sob responsabilidade da avó.

A Polícia Civil apura também a eventual responsabilização da mãe, que não estava presente no momento da agressão, mas já é investigada por negligência. Caso a morte da bebê seja confirmada, o pai poderá responder por homicídio doloso, maus-tratos e abandono de incapaz — crimes que, somados, podem resultar em até 35 anos de prisão. O nome do suspeito não foi divulgado. A defesa não foi localizada.


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