Abrigos de ônibus são retirados para reforma em Goiânia após decisão judicial do MP-GO

Passageiros do transporte coletivo em Goiânia encontraram, no início desta semana, pontos de ônibus sem cobertura em algumas das avenidas mais movimentadas da cidade, como Assis Chateaubriand, T-7 e Mutirão.

A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou que os abrigos foram retirados temporariamente para reforma. Sete estruturas já passaram pelo processo e, segundo a companhia, devem ser reinstaladas totalmente revitalizadas em até sete dias. Durante o período, placas com QR Code foram instaladas nas paradas, oferecendo informações sobre linhas, horários e operação do sistema.

A retirada acontece pouco depois de a Justiça determinar que todas as paradas da Grande Goiânia passem a ter abrigos. A decisão, da 7ª Vara da Fazenda Pública Estadual, atendeu a uma ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que desde 2016 aponta falhas na cobertura dos pontos — à época, cerca de metade não tinha proteção ou estava em condições precárias.

Para o promotor Élvio Vicente da Silva, a situação configura “desrespeito estrutural a direitos fundamentais” dos usuários. Apesar da proximidade das datas, a CMTC afirma que a reforma não está ligada à ordem judicial.

Segundo a companhia, as melhorias fazem parte do projeto Nova RMTC, iniciado antes da decisão e aprovado pela Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC). O plano inclui renovação da frota, novos terminais e adequação da infraestrutura dos pontos.

A CMTC afirma ainda que as reformas seguem um monitoramento constante e buscam oferecer mais segurança, limpeza e informação aos passageiros, além de ações como a instalação do Batalhão dos Terminais da Polícia Militar nos terminais da região metropolitana.

De fevereiro de 2024 até agosto deste ano, foram:

2.661 abrigos novos instalados;

9.354 manutenções realizadas;

5.338 pontos receberam QR Codes com horários e previsão de chegada;

2.540 sinalizações para proibir estacionamento irregular;

636 abrigos substituídos por risco estrutural.

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