Mabel atento ao retorno dos trabalhos na Câmara com LDO de 50% de remanejamento em pauta

A Câmara Municipal de Goiânia retoma suas atividades nesta terça-feira (12) com uma pauta que promete gerar debates e tensões com a Prefeitura. A principal matéria em discussão é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, que prevê um remanejamento de até 50% dos recursos, o mesmo índice que o prefeito Sandro Mabel (UB) obteve para 2025.

A Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) defende o alto percentual como uma ferramenta essencial para lidar com "dívidas do pen-drive" – despesas não identificadas anteriormente. No entanto, a proposta divide a base governista e é vista por vereadores como um instrumento para pressionar o Paço, que enfrenta insatisfações quanto a cargos e liberação de emendas.

A manutenção do remanejamento de 50% é considerada excessiva por parte dos parlamentares, que argumentam que, após um ano de gestão, Mabel teve tempo para planejar o orçamento de 2026 de forma mais precisa. A oposição, incluindo vereadores do PL e PT, também se manifesta contra, alegando que o alto índice "tira do parlamento a possibilidade de fiscalizar o Orçamento".

Além da LDO, a retomada dos trabalhos na Câmara ocorre em meio a um desgaste com o Paço sobre a possível instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e a substituição do líder do prefeito na Casa. O cenário indica um segundo semestre de intensas negociações e disputas entre Executivo e Legislativo.

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