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Terreno no Setor Central tem mais de R$ 2,4 milhões em execuções fiscais; gestão municipal afirma que penhora não impede desapropriação
Área do Jóquei Clube é penhorada por dívidas, mas prefeitura mantém projeto de complexo multiuso
10/08/2025, às 07:48 · Por Redação
A Justiça Federal determinou a penhora de parte do terreno do Jóquei Clube de Goiás, no Setor Central de Goiânia, para garantir o pagamento de dívidas que somam mais de R$ 2,4 milhões com a União. As execuções fiscais, ajuizadas em 2012 e 2013, cobram contribuições sociais, salário-educação e repasses a entidades do Sistema S, referentes a débitos acumulados entre 2001 e 2004.
O bem penhorado corresponde a 1.500 metros quadrados e está avaliado em R$ 2,7 milhões. Segundo os registros, o imóvel foi levado a leilões eletrônicos em 2023 e 2024, sem arrematação. A área segue vinculada a processos fiscais e trabalhistas.
Apesar das ações, o procurador-geral do município, Wandir Allan, afirma que a penhora não impede a desapropriação. “A partir do momento que o município declara a utilidade pública e realiza a desapropriação, a matrícula do imóvel fica limpa e a penhora deixa de existir”, disse ao jornal Opção. Os credores, segundo ele, podem se habilitar para receber valores caso haja indenização ao clube, mas isso não afetaria a posse e a destinação pública do espaço.
A prefeitura também pretende desapropriar uma área de 400 metros quadrados, transferida a um terceiro como quitação de dívida, para unificar o terreno antes de incorporá-lo ao patrimônio municipal.
No local, o prefeito Sandro Mabel (UB) planeja construir um complexo multiuso com áreas de esporte, cultura e educação. O projeto prevê revitalização do parque aquático, espaços de lazer, hub de inovação para startups, centro de capacitação em tecnologia e desenvolvimento de games — chamado de “Palácio dos Games” — e um centro gastronômico. A proposta faz parte da estratégia de posicionar Goiânia como polo tecnológico.
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