Cantor morto em Goiânia levou 47 facadas; crime durou seis minutos, diz polícia

A Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito sobre o assassinato do cantor Bruno Duarte, 36 anos, morto com 47 facadas no Parque Bosque dos Buritis, em Goiânia, no dia 26 de julho. O psicólogo Arthur Vinícius Silva Lima, 32, professor do Instituto Federal de Goiás (IFG), foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.

Segundo as investigações, Arthur atraiu Bruno ao local fingindo ser sua ex-esposa em mensagens e armou uma emboscada motivada por ciúmes. Imagens de câmeras de segurança indicam que o ataque foi premeditado e durou cerca de seis minutos.

O delegado Vinícius Teles afirmou que a quantidade de golpes afasta a hipótese de legítima defesa, sustentada inicialmente pelo suspeito, que também negou ter planejado o crime. Depoimentos, imagens e perícias embasaram o indiciamento. A polícia ainda aguarda laudos do celular da vítima e da cena, mas diz que o conjunto de provas já confirma autoria e motivação.

Arthur foi preso em 29 de julho. De acordo com a investigação, ele não aceitava o fim do relacionamento com a ex-esposa, com quem esteve por 12 anos e teve três filhos. Mensagens obtidas pela TV Anhanguera mostram que, dias antes do crime, ele escreveu: “Honra se lava com sangue, de um de nós três” e “Você não vai criar meus filhos com esse tipo de exemplo. Eu morreria por isso. Eu mataria por isso”.

Ainda segundo a polícia, o suspeito usou fotos da ex para se passar por ela em aplicativos de mensagem e marcar um encontro com Bruno no parque. Testemunhas relataram que houve uma discussão na entrada do bosque, antes de o cantor correr para dentro do local, onde foi atacado.

Bruno chegou a receber atendimento do Samu, mas não resistiu. O assassino fugiu em um carro preto por uma rota previamente planejada.

Filho único, o músico era estudante de Música no IFG. Para a polícia, o crime foi “meticulosamente planejado”, do primeiro contato até a fuga.

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Cantor Bosque dos Buritis