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Goiânia, 28/11/25
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Governo de Goiás executa R$ 51,7 milhões em emendas parlamentares em 2025; valor corresponde a menos de 10% do total previsto no ano; maior parte foi para saúde e custeio de serviços

Governo de Goiás executa R$ 51,7 milhões em emendas parlamentares em 2025

07/08/2025, às 09:46 · Por Redação

O Governo de Goiás executou, até agosto de 2025, R$ 51,7 milhões em emendas parlamentares impositivas, o equivalente a menos de 10% dos R$ 531 milhões previstos para o ano. Cada um dos 41 deputados estaduais pode indicar, individualmente, cerca de R$ 13 milhões para ações em áreas como saúde, educação e infraestrutura, conforme determina a legislação.

Segundo dados do Portal da Transparência analisados pela reportagem, o total de emendas empenhadas — ou seja, reservadas no orçamento — soma R$ 83 milhões, mas nem todas foram efetivamente pagas até o momento. Desse montante, R$ 37 milhões foram destinados a despesas de custeio, como compra de insumos e pagamento de pessoal, enquanto R$ 14 milhões foram aplicados em investimentos, incluindo obras e aquisição de equipamentos.

A saúde lidera o destino dos recursos, com R$ 35,2 milhões pagos até agora, seguida pelas áreas de Administração (R$ 30 milhões) e Educação (R$ 17 milhões). Pela regra vigente, ao menos 70% das emendas devem ser direcionadas a esses dois últimos setores.

O deputado Amilton Filho (MDB), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), lidera o ranking individual de execução de emendas em 2025, com R$ 4,2 milhões pagos, a maior parte destinada ao município de Anápolis, sua principal base política. Em seguida aparecem Anderson Teodoro (Avante), com R$ 3,8 milhões, Lucas Calil (MDB), com R$ 3,2 milhões, Cairo Salim (PSD), com R$ 3,1 milhões, e Julio Pina (Solidariedade), com R$ 2,8 milhões.

Na outra ponta, o deputado Antônio Gomide (PT) aparece com o menor volume de emendas executadas: apenas R$ 54,7 mil. Outros com baixa execução são Gugu Nader (Avante), com R$ 176 mil; Clécio Alves (Republicanos), com R$ 200 mil; Bruno Peixoto (União Brasil), presidente da Assembleia, com R$ 250 mil; Bia de Lima (PT), também com R$ 250 mil; Dra. Zeli (UB), com R$ 300 mil; e Cristiano Galindo (SD), com R$ 380 mil.

Goiânia lidera entre os municípios que mais receberam recursos, com R$ 5,4 milhões pagos em emendas. Em seguida, aparecem Anápolis (R$ 3,7 milhões), Inhumas (R$ 3,1 milhões), Águas Lindas de Goiás (R$ 3 milhões) e Goianésia (R$ 2,7 milhões). A distribuição dos recursos geralmente reflete os redutos eleitorais dos deputados ou acordos com as gestões municipais.

No ano passado, o limite por deputado era de R$ 11,6 milhões, sendo que dez parlamentares utilizaram 100% do valor autorizado. Três deles ficaram abaixo do teto. Em 2025, o total destinado às emendas parlamentares representa 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado. A proposta de ampliação desse percentual para 2%, defendida por parte dos deputados, foi rejeitada após acordo com o governo, sob o argumento de que poderia comprometer o equilíbrio fiscal do Estado.


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