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O produto era comercializado em latas, que eram vendidas em média por R$ 160, com cada uma contendo entre 20 a 25 sachês do snus
Proibidos, mais de 8 mil sachês de nicotina avaliados em R$ 1,3 milhão são apreendidos em Goiânia
03/08/2025, às 08:20 · Por Redação
Mais de 8 mil unidades do produto conhecido como snus — sachês de nicotina — foram apreendidos pela Polícia Civil em uma operação conjunta com a Vigilância Sanitária. De acordo com a polícia, o valor da mercadoria apreendida, que não tem permissão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser vendido no Brasil, pode chegar a R$ 1,3 milhão.
A operação aconteceu na última quinta-feira, 31, e cumpriu
quatro mandados de busca e apreensão contra empresas no Setor Central, em Goiânia.
A delegada Débora Melo explicou que as investigações começaram após a primeira
apreensão do produto no país, que aconteceu no estado de Mato Grosso do Sul.
"A Vigilância Sanitária do Mato Grosso do Sul fez a
primeira apreensão, em janeiro, de duas mil unidades que estavam sendo vendidas
pelos Correios. A partir daí, a gente identificou que havia um distribuidor em
Goiânia", afirmou.
A delegada destacou que o ponto onde os produtos foram
encontrados fazia o anúncio e a venda do snus pelas redes sociais. Além disso,
os produtos eram distribuídos para comércios de todo o país e vendidos para o
público em geral, sem distinção de idade do comprador.
Melo afirmou que o produto não é comum no Brasil e que
acredita que ele tenha vindo da Europa. No entanto, os meios que ele chegou ao
território nacional ainda serão investigados, disse a delegada.
O produto era anunciado como uma alternativa menos nociva ao
fumo, algo que, segundo Débora, não é verdade, já que um sachê do snus pode
equivaler a um maço de cigarros.
O produto era comercializado em latas, que eram vendidas em
média por R$ 160, com cada uma contendo entre 20 a 25 sachês do snus. De acordo
com a polícia, o valor total das mercadorias apreendidas é de cerca de R$ 1,3
milhão.
Débora Melo explicou que o produto, além de causar
dependência química, é extremamente nocivo à saúde.
"Os especialistas falam que ele tem um alto índice
cancerígeno. E um poder de dependência química muito maior do que o cigarro
convencional", pontuou.
Após a operação, a sócia de uma das empresas foi presa em
flagrante pela venda de substâncias nocivas à saúde e liberada após o pagamento
de dois salários mínimos.
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