Jovem goiana Amanda, morta em acidente, sonhava em ser juíza e lutava por justiça

A estagiária de direito Amanda Monteiro, de 19 anos, que morreu em um grave acidente com uma viatura da Polícia Civil na GO-330, sonhava em ser juíza. A jovem, que estava a caminho de sua primeira audiência fora da cidade, foi uma das duas vítimas fatais do acidente, que também feriu outras duas pessoas.

Segundo o tio de Amanda, Leonardo de Oliveira Silva, o sonho de lutar por justiça pode ter sido motivado pela trágica morte de seu pai há quatro anos, vítima de um homicídio. "Ela amava o pai dela e sempre procurou defender. Ela lutou muito por justiça e queria defender esse meio da segurança", contou Leonardo.

A última viagem
Amanda Monteiro, moradora de Silvânia, estava muito feliz com seu estágio na Polícia Civil, que havia começado há três meses. Em entrevista, o irmão da jovem, Kauã Monteiro, revelou que ela saiu de casa cantando no dia do acidente, animada para sua primeira audiência em outra cidade.

"Ela saiu lá de casa cantando. Era 7h30 tomando banho e cantando porque era o primeiro caso dela fora de Silvânia", lembrou o irmão.

Além do estágio, Amanda cursava o segundo período de direito em Anápolis e se deslocava diariamente de ônibus para as aulas. Conhecida por sua alegria e carisma, a jovem era querida por toda a cidade, segundo o tio.

A Polícia Científica de Goiás lamentou a morte em nota, destacando que Amanda era uma "jovem com futuro promissor, que iniciava sua caminhada de contribuição ao bem comum". A jovem foi enterrada no dia do aniversário de sua mãe, Juliana Monteiro.

Dinâmica ainda é investigada
O acidente ocorreu na manhã de uma quinta-feira (31), no trecho entre Leopoldo de Bulhões e Silvânia. A viatura da Polícia Civil capotou após desviar de um caminhão que invadiu a pista contrária. O caminhão, por sua vez, tentava desviar de um carro que estava com um pneu furado.

Além de Amanda, Ananias Batista, de 52 anos, que também estava na viatura, não resistiu aos ferimentos. O delegado Leonardo Sanches, de 44 anos, e a estagiária Ana Caroliny Siqueira, de 18 anos, foram socorridos em estado grave.

A Polícia Civil informou que o teste do bafômetro nos motoristas do caminhão e do carro com pneu furado deu negativo. A investigação segue em andamento para esclarecer a dinâmica do acidente.

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