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Goiânia, 28/08/25
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Nos bastidores, as ações de Marconi Perillo são vistas como manobras políticas e atos de revanche

Atuação de Marconi contra Cavalhódromo e hospitais revelam tática do 'quanto pior, melhor'

28/07/2025, às 11:24 · Por Redação

O ex-governador Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, mais uma vez aposta na lógica do “quanto pior, melhor” e atua contra projetos que impactam diretamente a vida dos goianos. O caso mais recente envolve a paralisação da construção do novo Cavalhódromo de Pirenópolis, obra que substituirá a antiga estrutura por uma moderna arena multiuso voltada à valorização cultural e ao turismo da cidade.

A obra está paralisada após negativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), cujo escritório em Goiás é comandado por Gilvane Felipe, aliado político e ex-secretário de Perillo. O órgão, com base em uma portaria de quase 30 anos (nº 02/1995), alega restrições de altura e ocupação, incompatíveis com qualquer projeto moderno de infraestrutura.

O projeto do novo Cavalhódromo já está pronto, elaborado pela Secult e pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), que também concluiu a demolição da antiga estrutura. No entanto, sem o aval do Iphan, a Prefeitura de Pirenópolis não pode liberar o alvará de construção, o que impede a licitação e o início das obras. A previsão de revisão da portaria federal é apenas para 2026, o que pode adiar a construção por anos.

Essa não é a primeira vez que Perillo tenta barrar iniciativas relevantes. Em 2023, o tucano acionou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para tentar anular o Termo de Colaboração entre o Governo de Goiás e a Fundação Pio XII, responsável pelas obras do Complexo Oncológico de Referência (CORA), hospital que já está em funcionamento e atende crianças com câncer. A investida não teve efeito, mas atrasou os trâmites do projeto.

As ações do ex-governador Marconi Perillo contra a atual administração, na área da saúde, são recorrentes. Em julho de 2022, ele também foi ao Ministério Público Federal (MPF) para impedir um repasse de R$ 14 milhões do Governo de Goiás para equipar o Hospital de Palmeiras de Goiás, sua terra natal. Na época, o prefeito da cidade, ex-aliado tucano, Vando Vitor, disse que a atitude de Marconi era “puro ciúme eleitoral”, e que prejudicava sobremaneira a população do município. 

Sucessor do governo do PSDB, Caiado deu início à regionalização da Saúde no estado. Inaugurou seis policlínicas em diferentes regiões de Goiás, terminou obras que estavam paralisadas, como os hospitais de Uruaçu e de Águas Lindas. 

Nos bastidores, as ações de Marconi Perillo são vistas como manobras políticas e atos de revanche. O ex-governador, que atualmente preside o PSDB nacional, tem enfrentado um processo de desgaste político após duas derrotas consecutivas nas disputas para o Senado Federal, em 2018 e 2022. Agora, tenta a qualquer custo criar obstáculos ao andamento de obras públicas que impactam diretamente a vida da população goiana, numa estratégia de se manter em evidência.

Sob o comando de Perillo, o PSDB mergulhou em uma de suas maiores crises desde a fundação, perdendo lideranças importantes e espaço político em várias frentes. Figuras de destaque, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra — ambos migraram para o PSD —, além do senador Izalci Lucas (DF), hoje no PL, deixaram a legenda sob críticas à gestão centralizadora do ex-governador. Em 2024, o partido sofreu um novo revés, perdendo os oito vereadores que possuía na Câmara Municipal de São Paulo, além de nomes de expressão nacional, o que reforça o cenário de enfraquecimento da sigla sob sua liderança.


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