Vereadores de Goiânia gastam R$ 2,5 mi com cota parlamentar no 1º semestre

 Os 37 vereadores da Câmara Municipal de Goiânia utilizaram R$ 2.525.970,70 da Cota Para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) no primeiro semestre de 2025º recurso é destinado a custear atividades como assessoria, comunicação social, locação de veículos e material de escritório. O levantamento é do site A Redação.

Heyler Leão (PP) lidera o ranking dos maiores gastos, com R$ 91.400,81. Ele é seguido por Markim Goyá (PRD), que consumiu R$ 89.863,95, e Igor Franco (MDB), com R$ 89.362,58. No outro extremo, Coronel Urzêda (PL) foi o que menos gastou, registrando R$ 16.306,60 no período.

A transparência, no entanto, ainda é um desafio. Onze parlamentares não haviam prestado contas referentes aos meses de maio ou junho até o fechamento desta reportagem. Dentre os que não prestaram contas de junho estão Tião Peixoto (PSDB), Sargento Novandir (MDB), Léo José (Solidariedade), Juarez Lopes (PDT), Willian Veloso (PL), Lucas Kitão (UB), Fabrício Rosa (PT), Romário Policarpo (PRD), Kátia Maria (PT), Thialu Guiotti (Avante), Oséias Varão (PL) e Major Vitor Hugo (PL).

Se três desses vereadores – Tião Peixoto, Sargento Novandir e Léo José – utilizassem o valor máximo da cota mensal (R$ 15.500) para o mês de junho, eles subiriam significativamente no ranking dos maiores gastos.

Os três vereadores que mais utilizaram a CEAP no primeiro semestre – Heyler Leão, Markim Goyá e Igor Franco – gastaram juntos R$ 270.627,34. A análise detalhada dos relatórios revela que a maior parte desse valor foi direcionada para:

Divulgação da atividade parlamentar: Juntos, os três destinaram R$ 108.450,00 para autopromoção. Igor Franco gastou R$ 45.000,00, Heyler Leão R$ 40.500,00 e Markim Goyá R$ 22.950,00. Esses pagamentos parcelados e com valores fixos indicam contratos de longo prazo.

Consultorias jurídicas: Esta foi a segunda maior rubrica de gastos, totalizando R$ 130.800,00. Heyler Leão e Markim Goyá gastaram R$ 45.000,00 cada com consultoria, enquanto Igor Franco desembolsou R$ 40.800,00.

Outras despesas foram mais modestas, como combustível, que somou R$ 10.900,08 entre os três gabinetes. Markim Goyá foi o que mais gastou com abastecimento, cerca de R$ 5.300,00. Gastos com manutenção de escritório, serviços contábeis e aquisição de alimentos totalizaram R$ 16.727,26.

Esse padrão de uso, com concentração em assessorias e divulgação, é uma constante entre os principais usuários da cota parlamentar.

Confira o ranking completo aqui. 

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