Reforma da Catedral Metropolitana de Goiânia avança e entrega da fachada está prevista para aniversário da capital

A Catedral Metropolitana de Goiânia, um dos principais patrimônios históricos da cidade, terá a fachada totalmente revitalizada até o próximo dia 24 de outubro, quando a capital completa 92 anos de fundação.

As obras, iniciadas em setembro de 2023, concentram-se neste momento na torre de 40 metros de altura, no relógio e no órgão de tubos, que está sendo restaurado em São Paulo. Toda a estrutura do telhado já foi trocada, em um trabalho que exigiu cerca de nove meses, interrompido em alguns períodos de chuva, para manter a integridade do projeto original tombado.

“Agora estamos finalizando a torre, os sinos e o órgão, que é o segundo mais antigo de Goiás”, explica o padre Carlos Gomes, vigário geral da Arquidiocese de Goiânia e pároco da Catedral.

Preparação para o Congresso Eucarístico

A revitalização é a primeira etapa de um projeto que seguirá até 2027, preparando a Catedral para sediar eventos do 19º Congresso Eucarístico Nacional (CEN), previsto para setembro de 2027 em Goiânia.

Após a conclusão da parte externa, a segunda etapa envolverá o interior e os subterrâneos da Catedral, com a construção de uma cripta e uma capela subterrâneas, destinadas a receber os restos mortais dos bispos sepultados no local. O acesso será feito pelo interior da igreja, sob a área do estacionamento.

Essa fase deve ter custo aproximado de R$ 1 milhão, com recursos doados por paroquianos, além dos R$ 1,9 milhão captados em empresas e pelo governo estadual via Lei Rouanet. Emendas parlamentares também têm contribuído para viabilizar as obras.

Missas continuam

As sete missas dominicais e as três missas diárias seguem sendo realizadas normalmente durante a reforma, mantendo o funcionamento da Catedral. Padre Carlos adianta que, mesmo com a etapa interna, a expectativa é continuar celebrando no local, com 70% do espaço disponível para os fiéis.

Patrimônio histórico e religioso

A Catedral Metropolitana de Goiânia, dedicada a Nossa Senhora Auxiliadora, foi inaugurada em 1956 e possui estilo moderno-eclético. Sua fachada é tombada pelo município e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1991, sendo um marco arquitetônico e espiritual da cidade.

Entre os destaques internos, a Catedral guarda seis conjuntos de vitrais temáticos assinados pelo artista sacro Wilson Jorge, além da cátedra utilizada por São João Paulo II durante a missa celebrada em Goiânia em 1991. Outro tesouro é o crucifixo central, que guarda um fragmento da cruz de Jesus Cristo, relíquia trazida ao Brasil pelo então arcebispo Dom Fernando Gomes dos Santos.

Com a reforma, a Catedral Metropolitana de Goiânia reafirma seu valor histórico e religioso, preparando-se para receber fiéis e visitantes de todo o Brasil durante os próximos grandes eventos, mantendo-se como um dos símbolos mais importantes da capital goiana.

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Catedral Metropolitana Goiânia