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Goiânia, 28/11/25
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Decreto foi assinado pelo prefeito Sandro Mabel após plano do governo estadual para construção de centro administrativo no local

Mabel oficializa desapropriação do Jóquei Clube de Goiás

19/07/2025, às 12:58 · Por Redação

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), assinou nesta sexta-feira, 18, decreto que declara de utilidade pública os imóveis do antigo Jóquei Clube de Goiás, na Avenida Anhanguera, para fins de desapropriação. A medida foi oficializada dois dias após plano do governo estadual para estruturar um novo centro administrativo na região, com aquisição do edifício da Caixa Econômica Federal e construção de duas torres no estacionamento do antigo clube.

Anunciada em abril, a desapropriação dependia, segundo Mabel, de estudos técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento. O decreto, publicado no Diário Oficial do Município, menciona a “preservação dos monumentos históricos e requalificação do centro da cidade”, além de prever que a prefeitura poderá alegar urgência para imissão na posse dos imóveis. Os recursos necessários, de acordo com o texto, sairão do Orçamento Anual do município.

Mabel afirmou que não pretende realizar pagamento pela área desapropriada, justificando que o Jóquei acumula dívidas com o município. “Vai ser compensado com os débitos. Não tem indenização”, disse ao jornal O Popular. A Secretaria Municipal de Cultura defende o uso do espaço para “atividades culturais, educacionais ou de lazer, em benefício da coletividade”, preservando a memória urbana da capital.

O documento destaca o valor arquitetônico do imóvel, projetado por Paulo Mendes da Rocha, arquiteto com reconhecimento internacional. Mabel confirmou que deu aval para a proposta do governo estadual de construir dois prédios no estacionamento do antigo clube, mas as tratativas sobre a área ainda não foram concluídas. A prefeitura propôs vender apenas o espaço necessário às construções, enquanto o Estado sugeriu assumir todo o terreno, com compromisso de revitalizar a sede histórica.

O uso do prédio principal permanece indefinido. O prefeito já sugeriu a criação de um centro cultural e de lazer, depois passou a defender um “palácio dos games” e, mais recentemente, citou a possibilidade de um “hub de inovação e tecnologia”. “Pode ter um espaçozinho para cultura também, vamos ver”, disse.

A gestão estadual, por sua vez, negocia com a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) a compra do edifício que abriga a superintendência da Caixa. No início do ano, a prefeitura chegou a discutir a possibilidade de instalação de uma unidade do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na sede do antigo clube, mas as tratativas não avançaram.

Após o anúncio da desapropriação, representantes dos sócios do Jóquei tentaram contato com o prefeito para tratar de possível indenização, mas Mabel descartou qualquer compensação financeira. A direção do clube informou que estuda medidas legais contra o decreto.


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