Ex-servidora é presa em Goiás por fraudar empréstimos com dados de pessoas mortas

Uma ex-servidora da Prefeitura de Gameleira de Goiás foi presa preventivamente neste fim de semana, suspeita de integrar um esquema que desviou cerca de R$ 36 mil da Agência do Banco do Povo. A prisão foi realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Silvânia, após investigação que apontou o uso de dados de pessoas já falecidas para forjar contratos de empréstimo.

De acordo com a Polícia Civil, a ex-servidora, responsável pela liberação de créditos, utilizava nomes de beneficiários mortos do programa Renda Cidadã para criar contratos falsos de empréstimos. Foram identificados ao menos 14 contratos forjados, em que nomes de supostos contratantes e avalistas eram utilizados de forma alternada para dificultar a identificação das fraudes.

Os valores liberados eram transferidos para contas bancárias ligadas ao esquema, e as notas fiscais e orçamentos eram falsificados em nome dos beneficiários falecidos, como se estivessem vivos e ativos no programa.

Após a formalização da denúncia pelo Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva da ex-servidora pelos crimes de peculato e falsidade ideológica. Ela foi localizada e presa em Vianópolis.

Se condenada, a investigada poderá pegar mais de 10 anos de prisão, além de multa. O crime de peculato prevê pena de 2 a 12 anos de reclusão, enquanto a falsidade ideológica pode levar a pena de 1 a 5 anos, com aumento quando praticada por funcionário público no exercício da função.

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