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Goiânia, 28/11/25
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Presidente do Detran-GO, Waldir Soares, afirma que pulverização de votos pode enfraquecer base governista e facilitar vitória da oposição

Delegado Waldir critica candidaturas múltiplas e defende aliança para eleição ao Senado em 2026

16/07/2025, às 10:02 · Por Redação

O presidente do Detran de Goiás, Delegado Waldir (União Brasil), avaliou nesta semana que a manutenção da estratégia de candidaturas múltiplas pela base governista em 2026 pode comprometer o desempenho do grupo na disputa por uma cadeira no Senado. A preocupação se dá diante da possibilidade de fragmentação dos votos entre aliados do governador em exercício Daniel Vilela (MDB), que é pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas.

Waldir foi o responsável pela consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, em 2022, autorizou coligações com mais de um nome ao Senado por parte de uma mesma base política. Apesar de ter sido o idealizador da medida, agora ele se mostra contrário à repetição da fórmula. “Se tiver múltiplas candidaturas, nós perderemos, porque vai pulverizar. De quem eles vão tirar votos? Da Gracinha [Caiado]”, afirmou ao jornal O Popular, em referência à primeira-dama de Goiás, cotada como possível candidata.

O presidente do Detran projetou um cenário em que a base de apoio ao governo Caiado lance mais de dois nomes ao Senado, entre eles o presidente da Agehab, Alexandre Baldy (PP), o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PSD), o senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o deputado federal Zacharias Calil (União Brasil). Na avaliação dele, a multiplicação de candidaturas enfraquece o grupo e favorece adversários.

Waldir também apontou que, no campo bolsonarista, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) tende a herdar mais votos do que Wilder Morais (PL), eleito em 2022 com cerca de 799 mil votos. “Gayer é mais extremista”, disse, ao destacar que o deputado tem apelo junto à base ideológica de direita. Além disso, pondera que um segundo nome alinhado a Jair Bolsonaro pode compor a chapa do PL, elevando o desafio para os candidatos governistas.

Apesar de reconhecer a dificuldade em alinhar os interesses de diversos pré-candidatos, Waldir acredita que o cenário pode ser revertido. “Nós tivemos [candidaturas múltiplas] na eleição passada e acho que nessa podemos ter de novo. Não é fácil convencer uma pessoa que está focada em uma determinada candidatura a mudar de opinião”, ponderou.

Na visão do dirigente do União Brasil, a posição de Jair Bolsonaro no cenário nacional também pode influenciar a composição da aliança local. “A prioridade do Bolsonaro é fazer maioria no Senado. Não só aqui, mas em todo o Brasil”, argumentou, sugerindo que o ex-presidente pode se empenhar para viabilizar alianças pragmáticas, inclusive com o grupo de Daniel Vilela.


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