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Ex-deputado federal Elias Vaz diz que partido não fará composição com a extrema-direita e defende frente democrática no Estado
PSB de Goiás sinaliza apoio a Daniel Vilela e à reeleição de Lula em 2026, diz Elias Vaz
13/07/2025, às 07:27 · Por Redação
Reconduzido à presidência do PSB em Goiás, o ex-deputado federal Elias Vaz afirmou que a legenda apoiará a candidatura de Daniel Vilela (MDB) ao governo do Estado e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Para ele, a construção de uma frente de centro democrática é a estratégia para enfrentar a extrema-direita nas próximas eleições.
“O Daniel representa uma candidatura de centro com as forças democráticas, é uma candidatura mais ampla e o PSB está observando isso. Se for uma candidatura de forças democráticas o PSB apoia”, afirmou Elias em entrevista ao jornal Opção. Segundo ele, o partido não considera viável uma aliança com setores da extrema-direita. “A extrema-direita só sobrevive com a polarização. Se fizer composição, ela deixa de existir”, disse.
Diretor de Participação Popular na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Elias avalia que o cenário eleitoral caminha para uma disputa entre uma candidatura de centro e outra da direita radical, o que já teria ocorrido em 2022, com a reeleição de Ronaldo Caiado (União Brasil), e se repetido em 2024, na eleição municipal de Goiânia.
“No segundo turno, parte do eleitorado de Adriana Accorsi votou em Sandro Mabel para impedir a vitória da extrema-direita. Foi com essa composição que a centro-direita democrática venceu”, afirmou. Ele também apontou que, em 2022, muitos eleitores de Lula em Goiás optaram por Caiado, em vez dos candidatos bolsonaristas, como uma escolha considerada democrática.
Elias defende que o apoio ao MDB no Estado não se contrapõe ao alinhamento com o governo Lula. “O MDB faz parte do governo federal e tem ministros. O que importa é o compromisso com a democracia”, disse.
Eleições
O presidente do PSB em Goiás confirmou o interesse da legenda em lançar uma chapa competitiva para as eleições proporcionais, com o objetivo de eleger ao menos dois deputados estaduais e um federal. Ele também admitiu a possibilidade de se candidatar, caso haja demanda interna.
O deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil), presidente da Alego, é um dos nomes visados pela legenda para a disputa à Câmara dos Deputados. “Existe uma vontade do PSB e do vice-presidente Geraldo Alckmin em trazê-lo. As portas estão abertas, mas a decisão é dele”, afirmou Elias.
Quanto à federação partidária, o dirigente disse que o tema é discutido nacionalmente e que o Cidadania é o partido com negociações mais avançadas com o PSB. Ele acredita que a cláusula de barreira deve acelerar esse tipo de composição entre legendas com afinidades ideológicas. “É natural que legendas com proximidade ideológica caminhem para federação e, futuramente, até fusão”, afirmou.
Elias concluiu dizendo que, embora o foco do PSB para 2026 esteja na reeleição de Lula, há expectativa de que o partido apresente um projeto nacional em eleições futuras. “Temos quadros como João Campos, Tábata Amaral, Márcio França. No passado, com Eduardo Campos, poderíamos ter mudado a história do país. Mas seguimos reconstruindo.”
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