Goiás ultrapassa 400 mortes por síndrome respiratória e decreta emergência em saúde pública

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou 402 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2025. Diante do avanço dos casos e da pressão sobre o sistema hospitalar, o Governo de Goiás decretou situação de emergência em saúde pública. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado em 30 de junho, após sete semanas consecutivas com taxas de incidência acima do limite considerado aceitável.

Segundo a SES-GO, foram notificados 6.743 casos da síndrome neste ano. Entre os agentes identificados, 1.117 ocorrências foram causadas por Influenza, 306 por Covid-19, 1.486 por Vírus Sincicial Respiratório e 680 por Rinovírus. O impacto tem sido maior entre os públicos mais vulneráveis. Dos casos registrados, 2.654 foram em crianças menores de dois anos; 754 entre dois e quatro anos; 659 de cinco a nove anos; e 1.414 em pessoas com mais de 60 anos.

As mortes confirmadas incluem 256 idosos acima de 60 anos, 40 crianças com menos de dois anos, 35 pessoas com idades entre 50 e 59 anos e 29 entre 40 e 49 anos.

A alta na incidência de Srag também elevou os pedidos de internação no estado. Entre janeiro e junho, foram 10.676 solicitações de internação — um aumento de 33,27% em relação ao mesmo período de 2024, que registrou 8.011 pedidos. Somente em maio deste ano, foram 2.406 solicitações, frente a 1.767 no mesmo mês do ano anterior.

Em resposta, 24 municípios goianos solicitaram ao Ministério da Saúde a reclassificação de leitos de UTI adulto para unidades especializadas no tratamento de pacientes com Srag. O decreto estadual de emergência viabiliza a abertura imediata de novos leitos hospitalares, com foco no atendimento a quadros respiratórios graves.

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