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Goiânia, 28/11/25
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Alex Malheiros

Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, quer transformar a companhia em sociedade com ações na bolsa, mas sem privatização e com controle majoritário mantido pelo município

Mabel projeta abertura de capital da Comurg e promete modernização da empresa

09/07/2025, às 10:35 · Por Redação

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou que pretende transformar a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) em uma empresa com capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores. A proposta, que deve ser implementada em até dois anos, prevê a venda de parte das ações ao mercado, mas sem que a Prefeitura perca o controle acionário. A medida foi revelada durante reunião com a secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andrea Vulcanis, na última segunda-feira, 7, quando foram discutidas irregularidades no aterro sanitário da capital.

Durante o encontro, Mabel rejeitou o termo “privatização” e afirmou que a ideia é modernizar a companhia. “A Comurg vai virar uma empresa que estará em bolsa e vai participar, com o acervo técnico que ela tem, de outras licitações também. Vai ter compliance, acionistas, uma nova governança. Não será mais uma empresa largada”, declarou. Ele acrescentou ainda que, no futuro, a própria gestão do aterro sanitário poderá ser transferida para essa nova estrutura da Comurg.

Apesar de ainda não haver um modelo definido, o prefeito antecipou que pretende contratar estudos técnicos com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituições que avaliam a viabilidade de desestatizações e estruturações de capital misto. Mabel reforçou que qualquer abertura de capital só será realizada após o reequilíbrio das finanças da companhia, que atualmente acumula dívidas estimadas em R$ 3 bilhões.

“Não precisa estar totalmente saneada, mas sim com as contas equilibradas, o que deve acontecer até o fim do próximo ano”, disse ao jornal O Popular. Mesmo com a entrada de investidores, Mabel garantiu que o controle da empresa continuará com a Prefeitura. “Não é privatização. Vamos manter mais de 50% do capital porque acreditamos na viabilidade da Comurg. Ela pode fazer muito mais”.

A Comurg é hoje uma sociedade de economia mista. Ao lançar ações no mercado, a companhia passaria por uma oferta pública inicial (IPO), processo que permite captação de recursos para investimento, inovação e ampliação de atuação. Mabel ressaltou que a empresa tem capacidade técnica para concorrer em outras cidades e estados. “Ela pode fazer uma série de acordos e parcerias. Queremos uma empresa que possa atrair investimentos, como já se faz em modelos semelhantes, como o adotado em Milão”.

A proposta surge em meio às críticas sobre a situação do aterro sanitário de Goiânia, apontado pela Semad com 12 irregularidades graves e sem licenciamento vigente. O prefeito contestou os dados do relatório e assegurou que o plano da nova Comurg incluirá a administração adequada dos resíduos, dentro de uma visão de “lixo zero”. “O mundo não fala mais em aterro. Isso é coisa do passado. Hoje, a ideia é recuperar tudo que for possível”, frisou.


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