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Advogado Diogo Mota representa funcionários afastados da Comurg por suspeita de rachadinha e é comissionado no gabinete do vereador Fabrício Rosa (PT)
Advogado de servidores investigados na Comurg atua como assessor de vereador em Goiânia
09/07/2025, às 09:31 · Por Redação
O advogado Diogo Mota, que defende servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) investigados por suspeita de devolução irregular de valores de acordos judiciais — prática comumente chamada de "rachadinha" —, também ocupa um cargo comissionado na Câmara Municipal de Goiânia. Ele está lotado no gabinete do vereador Fabrício Rosa (PT) como assessor parlamentar.
A atuação simultânea de Diogo como advogado de investigados e assessor legislativo levanta questionamentos sobre possíveis conflitos éticos, ainda que, do ponto de vista legal, a situação não configure irregularidade. O artigo 30 do Estatuto da Advocacia permite que advogados exerçam cargos comissionados em instituições públicas, desde que não atuem contra o ente contratante. No entanto, especialistas alertam que aquilo que é juridicamente permitido pode, em determinadas circunstâncias, ser considerado moralmente questionável.
Segundo o próprio advogado, o processo envolvendo seus clientes ainda está em fase de apuração preliminar e nenhum dos acusados foi formalmente intimado. “A penalidade aplicada, que foi o afastamento dos servidores, é indevida”, afirmou Mota ao jornal Opção.
O caso que envolve os funcionários da Comurg ocorreu durante as duas últimas gestões da empresa pública e está sendo analisado por órgãos de controle. A suspeita é de que servidores tenham recebido acordos judiciais e, posteriormente, repassado parte dos valores a terceiros, o que pode configurar prática ilícita.
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