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Política pública de fomento à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, apresentam resultados que impactam a economia e a formação de profissionais no Estado
Centros de excelência em pesquisa impulsionam inovação em Goiás
08/07/2025, às 16:12 · Por Redação
Neste 8 de julho, Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, Goiás tem motivos para comemorar. Os Centros de Excelência, implantados em universidades a partir de 2019 como política pública de fomento à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, apresentam resultados que impactam a economia e a formação de profissionais no Estado.
O pioneiro, Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), sediado na Universidade Federal de Goiás (UFG), já captou mais de R$ 400 milhões em investimentos e reúne cerca de 800 pesquisadores. Reconhecido internacionalmente, o Ceia criou o primeiro curso superior de Inteligência Artificial do país, atraindo comitivas de universidades interessadas em replicar o modelo. “O ganho é intangível. Quem se estabelece primeiro colhe os frutos dessa reputação por décadas”, destaca o coordenador científico do Ceia, Anderson Soares.
A política de criação dos centros foi estruturada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), ampliando o apoio à ciência para além dos editais tradicionais. “Eles estão em áreas estratégicas, capazes de gerar resultados de impacto em formação de profissionais, inovação e negócios”, afirma o presidente da Fapeg, Marcos Arriel. Atualmente, Goiás conta com nove Centros de Excelência, voltados a áreas como bioinsumos, inteligência artificial e genética.
Bioinsumos e sustentabilidade
Entre os centros, destaca-se o Centro de Excelência em Bioinsumos (Cebio), vinculado ao IF Goiano, com ramificações em 12 municípios. Criado em 2021, o Cebio desenvolve soluções biológicas para a agricultura, reduzindo custos de produção e ampliando práticas sustentáveis. “Nada mais é do que o respeito do agricultor pelo bioma Cerrado, valorizando nossa biodiversidade”, afirma Alexandre Igor Azevedo Pereira, diretor-presidente do Cebio.
Com mais de 500 pesquisadores, o centro atua em comunidades carentes e junto a grandes grupos do agronegócio. Recentemente, participou de um evento sobre a cadeia do algodão, realizando estudos de mensuração de gases de efeito estufa, uma demanda crescente do mercado global.
Quase R$ 200 milhões investidos
Desde 2019, a Fapeg já investiu R$ 198 milhões na implantação dos centros, com o objetivo de que se tornem autossustentáveis e ampliem captação de recursos públicos e privados. O modelo segue exemplos de sucesso, como o da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e será tema do Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que será realizado em dezembro, em Goiânia, dentro das comemorações dos 20 anos da Fapeg.
Data histórica
O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico é celebrado em 8 de julho em referência à fundação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), criada nesta data em 1948. As leis que instituíram as datas, sancionadas em 2001 e 2008, reforçam a importância da ciência e da pesquisa para o desenvolvimento do país.
Centros de Exceleência Pesquisa