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Goiânia, 28/11/25
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Nos bastidores, a avaliação é de que o edital seja a principal aposta da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) para resolver o impasse em torno das maternidades públicas de Goiânia

Saúde: 25 OSs buscam se qualificar para gestão em Goiânia

08/07/2025, às 15:36 · Por Redação

Vinte e cinco organizações sociais (OSs) se cadastraram no chamamento público da Prefeitura de Goiânia para se qualificarem para a gestão de unidades de saúde na capital. A lista das entidades habilitadas será divulgada nesta terça-feira (8).

Nos bastidores, a avaliação é de que o edital seja a principal aposta da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) para resolver o impasse em torno das maternidades públicas de Goiânia, que enfrentam paralisações nos atendimentos e partos por falta de repasses e contratos. Mabel tem feito críticas públicas à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das três maternidades municipais. “Esse pessoal da Fundahc não está dando conta do recado”, declarou o prefeito recentemente.

O Jornal O Popular antecipou que os constantes embates com a Fundahc motivaram a abertura do edital pela gestão municipal. Internamente, a possibilidade de contratar OSs para administrar também unidades de menor porte é cogitada.

Entre as entidades interessadas estão organizações que já gerenciam hospitais da rede estadual. A análise para a qualificação será feita com base na documentação apresentada pelas OSs.

Maternidades seguem com serviços parados

Enquanto isso, os partos na Maternidade Célia Câmara e os atendimentos eletivos nas três maternidades públicas permanecem suspensos. O problema se arrasta há quase dois anos por conta de dívidas milionárias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a Fundahc, que atualmente soma cerca de R$ 148,5 milhões em débitos trabalhistas, fiscais e com fornecedores.

Neste ano, o Conselho Municipal de Saúde aprovou a redução emergencial do contrato mensal da Fundahc de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões, mas os novos planos de trabalho ainda não foram aprovados, sem previsão de assinatura do contrato emergencial.

A Fundahc tem alertado para o risco de impactos negativos, como a redução de leitos e serviços eletivos, e afirma que os atrasos nos repasses são constantes. A Prefeitura, por sua vez, informa que os pagamentos ocorrem conforme o repasse de recursos federais, o que ainda não aconteceu neste mês.

Sobrecarga e paralisações

Os atendimentos eletivos estão restritos a casos de urgência e emergência. Desde a suspensão dos partos na Maternidade Célia Câmara, os casos de alta complexidade se concentraram no Hospital e Maternidade Dona Iris, gerando sobrecarga na unidade.

A paralisação ocorreu após a interrupção dos serviços de anestesiologia pela Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO), que alega falta de contrato com a Fundahc desde o fim de 2024 e dívidas referentes a serviços prestados entre julho de 2024 e abril de 2025. A cooperativa afirma estar aberta ao diálogo para solucionar a situação, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde diz que mantém negociações para garantir a continuidade do atendimento às gestantes.


Saúde Goiânia O.S