Goiânia tem queda nos preços de imóveis residenciais no 1º semestre, aponta FipeZap

Goiânia foi a única capital brasileira a registrar queda nos preços de imóveis residenciais no primeiro semestre de 2025, segundo o Índice FipeZap, que monitora o mercado em 22 capitais do país.

A variação acumulada nos seis primeiros meses do ano foi de -0,64%, revertendo a tendência de alta registrada em 2024, quando os preços haviam subido 5,35% na capital goiana.

A queda foi puxada pelo segundo trimestre, com recuos consecutivos em abril (-0,57%), maio (-0,39%) e junho (-0,24%). No início do ano, Goiânia ainda apresentava leves altas, com +0,08% em janeiro, +0,40% em fevereiro e +0,09% em março.

A retração indica preços mais baixos para compradores em um cenário de alta de juros e crédito mais caro, tornando o financiamento imobiliário mais desafiador. “Além do preço mais elevado do imóvel em várias regiões, o custo do crédito também está mais alto, o que impacta a capacidade de compra”, explica Ana Maria Castelo, pesquisadora da FGV IBRE.

Preços subiram acima da inflação em outras cidades

Enquanto Goiânia apresentou queda, o mercado imobiliário residencial subiu em média 3,33% no país, superando a inflação no semestre, segundo o levantamento. Entre as capitais, Vitória (ES) liderou com alta de 11,88%, seguida por Salvador (BA) e João Pessoa (PB).

Balneário Camboriú (SC) manteve o metro quadrado residencial mais caro do Brasil, chegando a quase R$ 15 mil, superando São Paulo (R$ 11,5 mil) e Rio de Janeiro (R$ 10 mil).

Especialistas destacam que além da inflação e dos juros, fatores como demanda local, características dos imóveis, perfis de compradores e regras urbanísticas, como planos diretores municipais, influenciam a dinâmica de preços em cada cidade.

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