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Senado Federal do Brasil

Virgínia durante CPI das Bets, no Senado

Virgínia paga R$ 30 milhões para romper contrato com plataforma de apostas

02/07/2025, às 12:00 · Por Redação

A influenciadora digital Virginia Fonseca efetuou o pagamento de uma multa de R$ 30 milhões para rescindir definitivamente seu contrato com a plataforma de apostas online Esportes da Sorte. A decisão de romper o vínculo ocorre após a repercussão de sua participação na CPI das Bets, no Senado, onde Virginia afirmou que "pensaria" em parar de promover jogos de azar nas redes sociais.

Virginia havia assinado o contrato com a Esportes da Sorte em dezembro de 2022, em um acordo que previa ganhos totais de até R$ 64 milhões, sendo R$ 40 milhões fixos e um bônus variável de R$ 24 milhões, condicionado ao lucro de R$ 80 milhões líquidos gerados por usuários que acessassem o site através de seu link exclusivo.

Ainda em 2024, a influenciadora rescindiu com a Esportes da Sorte e, pouco depois, firmou novo contrato com a Blaze para divulgar apostas.

Ganhos Milionários e CPI das Bets

Reportagens, como a da revista Piauí, revelaram os altos valores recebidos por influenciadores para divulgar plataformas de apostas. Virginia Fonseca, com seus 52 milhões de seguidores no Instagram, é uma das que mais lucram, com um contrato anual de R$ 29 milhões com a Blaze e a capacidade de atrair cerca de 120 mil novos apostadores com apenas um story. A publicação aponta que ela receberia o que é chamado de “cachê da desgraça”, ou seja, 30% do valor perdido pelos usuários que apostam na plataforma. Virginia, no entanto, negou categoricamente ter recebido comissões sobre as perdas dos usuários em seu depoimento na CPI.

Na CPI das Bets, em 13 de maio, Virginia admitiu que os vídeos em que aparece "jogando" eram encenações, gravadas em contas de demonstração fornecidas pelas próprias plataformas, sem uso de dinheiro real. Ela alegou sempre alertar seus seguidores sobre os riscos e as restrições para menores de idade e pessoas com vício em jogos, seguindo orientações do Conar.

A CPI, presidida por Jorge Kajuru (PSB-GO) e com a relatoria de Soraya Thronicke (Podemos-MS), investiga supostos crimes relacionados às apostas online e a possível existência de "cláusulas da desgraça alheia" em contratos de influenciadores, levantando preocupações sobre saúde pública e os impactos do vício em jogos na população.

 


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