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Goiânia, 01/11/25
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Goiás ganhou 186,8 mil novos moradores entre 2017 e 2022, enquanto São Paulo registrou perda de quase 90 mil no mesmo período

Goiás tem o terceiro maior saldo migratório do país e supera São Paulo, aponta IBGE

28/06/2025, às 09:07 · Por Redação

Dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27, colocam Goiás como o terceiro estado com maior saldo migratório do país. Entre 2017 e 2022, o estado recebeu 186.827 novos moradores, número 2,67% superior ao de pessoas que saíram. Goiás ficou atrás apenas de Santa Catarina (4,65%) e Mato Grosso (2,85%) no ranking nacional de saldo migratório relativo. Os principais estados de origem dos novos moradores goianos foram o Distrito Federal (28,2%), Maranhão (12,3%) e Pará (9,5%).

O levantamento do IBGE aponta mudança no padrão histórico de redistribuição populacional no Brasil. São Paulo, que tradicionalmente ocupava a liderança na atração de migrantes, apresentou pela primeira vez um saldo negativo: perdeu 89.578 moradores no período. O estado registrou 736,4 mil entradas contra 826 mil saídas — o que representa, em média, a perda de 49 pessoas por dia para outros estados.

Segundo o IBGE, a saída em massa de São Paulo se deve, em grande parte, ao retorno de migrantes que haviam chegado em décadas anteriores. Os principais destinos desses emigrantes foram Minas Gerais (19,1%), Bahia (15,4%) e Paraná (12,8%). A reversão do saldo também atingiu o Rio de Janeiro, que perdeu 165,3 mil moradores no mesmo intervalo.

Além de Goiás, os únicos estados com saldos migratórios positivos no período foram Paraíba (0,77%), Paraná (0,75%), Espírito Santo (0,73%), Mato Grosso do Sul (0,64%), Minas Gerais (0,52%) e Tocantins (0,4%). Na outra ponta, os saldos negativos mais acentuados foram registrados no Distrito Federal (-3,64%), Acre (-2,87%), Amapá (-2,40%), Maranhão (-1,91%) e Rondônia (-1,44%).

Os dados foram obtidos por meio do cálculo do saldo migratório de data fixa, que considera a diferença entre os que entraram e os que saíram de cada unidade da federação em um intervalo de cinco anos, neste caso entre 2017 e 2022, período que inclui a pandemia de Covid-19.


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