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Goiânia, 28/11/25
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Vereador envia solicitação à presidência da Casa um dia depois da nomeação que marcou o retorno de advogado como procurador-geral

Kowalsky volta e Novandir pede recondução de servidor também envolvido no episódio com arma de fogo

25/06/2025, às 09:28 · Por Redação

Em ofício encaminhado na manhã desta terça-feira (24) ao gabinete do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), o vereador Sargento Novandir (MDB) solicitou a recondução de Sérgio Dorneles ao cargo de chefe de Gabinete do seu mandato. O documento também solicita a exoneração de Ronaldo dos Reis Teixeira, que vinha ocupando o posto desde a saída de Dorneles, em maio. O pedido de Novandir ocorre um dia depois de o advogado Kowalsky Ribeiro retornar oficialmente ao cargo de procurador-geral da Câmara de Goiânia, conforme portaria publicada na noite de segunda-feira (23) em edição extra do Diário Oficial do Município (DOM).

No dia 5 de maio, Kowalsky e Dorneles tiveram desentendimento no estacionamento da Câmara que envolveu uma arma de fogo e ameaças. O desgaste do episódio decantou na exoneração dos dois, "a pedido", após três dias. Na sequência, em 18 de junho, Kowalsky foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por crime de ameaça. Segundo a assessoria da Câmara, a nomeação para cargos em gabinetes parlamentares é de livre prerrogativa dos vereadores. Pelo trâmite interno, após o envio do ofício com a indicação, cabe à Presidência da Casa formalizar o ato por meio de portaria. A expectativa é que a nomeação de Dorneles seja publicada no DOM ainda nesta semana.

Nos bastidores, a informação é de que Policarpo não teria objeções quanto ao retorno de Dorneles, assim como também, à época do episódio, teria sinalizado a Kowalsky que as portas "continuavam abertas".

Novandir defendeu que seu ex-chefe de Gabinete também fosse reconduzido, sob o argumento de que "vítima não pode ser prejudicada". 

A denúncia do MP-GO contra Kowalsky, assinada pelo promotor José Antônio Correa Trevisan e enviada ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) no último dia 18, pede que, se forem provadas a autoria e materialidade do crime de ameaça, "que seja o denunciado condenado nas penas que lhe couber, pugnando, inclusive, que seja fixada em sentença, o valor mínimo para reparação dos danos", de acordo com a previsão do Código de Processo Penal. A Câmara informou que deverá reabrir o processo administrativo disciplinar (PAD) que apurava o episódio envolvendo Kowalsky e Dorneles. Com as exonerações, a sindicância para investigar o caso fora arquivada por perda de objeto.


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