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Bianca Butterby contesta acusações e diz que atuação médica é respaldada por registro e especializações
Médica goiana presa por exercício ilegal da profissão diz nunca se apresentar como nutróloga
21/06/2025, às 08:39 · Por Redação
A médica goiana Bianca Borges Butterby, detida em 20 de maio sob suspeita de exercício ilegal da profissão, nega as acusações feitas pela Polícia Civil e afirma que nunca se apresentou como nutróloga. Em entrevista ao portal Mais Goiás, ela disse que se identifica como médica e que cumpre os requisitos legais para atuar, embora ainda não tenha o título de especialista em nutrologia.
“Me apresento como médica. Nunca disse ser nutróloga”, afirmou. Segundo Bianca, para obter o título é necessário concluir residência ou comprovar atuação na área por quatro a seis anos, além de aprovação em exame da especialidade. “Tenho seis anos de experiência, mas ainda não fiz a prova de título”, explicou.
A defesa também apresentou os alvarás da clínica onde ela atendia, no Setor Bueno, em Goiânia. De acordo com a médica, os documentos foram emitidos pela Prefeitura, pela Vigilância Sanitária e pelo Corpo de Bombeiros. “A clínica existe desde o ano passado e o alvará da Vigilância foi renovado no início deste ano”, disse.
Sobre a suposta “academia clandestina”, alvo da investigação, Bianca afirmou tratar-se de uma sala compartilhada com fisioterapeutas e educadores físicos, registrada no mesmo CNPJ da clínica. “Utiliza a mesma documentação e está regularizada”, declarou.
A médica também negou ter feito contrabando ou uso irregular de medicamentos. “Todos os remédios são comprados com nota fiscal de empresas com autorização legal”, afirmou. Ela acrescentou que o medicamento Mounjaro, citado na investigação, “nunca entrou na clínica” e que “só é vendido em farmácia ou via importação, que nunca fiz”.
Bianca passou cinco dias presa e foi liberada após decisão judicial. No período, foi internada por causa de um pico hipertensivo e precisou de cirurgia no fígado. Ainda em recuperação, está afastada do trabalho. “Preciso trabalhar, mas não tenho condições clínicas”, disse.
Na época da prisão, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) declarou que tanto a médica quanto a clínica estão regularmente inscritas. “Até o momento, não há comprovação de divulgação de especialidade médica não registrada no Conselho”, afirmou a entidade em nota. O órgão informou também que abriu sindicância para investigar eventual infração ética.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) revogou, nesta semana, as medidas cautelares impostas à médica. A decisão extinguiu o recolhimento noturno e reduziu a fiança de R$ 250 mil para o equivalente a dez salários mínimos. A defesa celebrou a decisão. “Hoje vencemos mais uma batalha. E seguimos firmes”, afirmou o advogado Darô Fernandes.
Além dele, integram a equipe de defesa os advogados Henrique Luiz Éboli, Leonardo Henrique Chaves Éboli e Henrique Luiz Éboli Junior.
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