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Goiânia, 02/07/25
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Para Marconi Perillo, o episódio é um revés direto em seu projeto pessoal, que apostava na união como forma de recuperar algum protagonismo

Colunista aponta ruína de Marconi Perillo em Goiás

18/06/2025, às 09:30 · Por Redação

O insucesso da fusão entre o PSDB e o Podemos, recentemente confirmada, representa uma dura derrota para o ex-governador Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB. A avaliação é do colunista Cloves Reges do "Fio Direto", do Diário da Manhã, que repercute o impacto do desfecho para o projeto político do tucano em Goiás e no cenário nacional.

Segundo a coluna, sob o comando de Perillo, o PSDB, outrora uma força política influente, afundou rapidamente, perdendo relevância, quadros expressivos e capacidade de articulação. A debandada recente de governadores como Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS), que deixaram o partido por não enxergarem viabilidade para seus projetos, escancarou o esvaziamento da sigla e sua perda de atratividade para lideranças com ambições eleitorais.

O fracasso da tentativa de fusão empurra o PSDB para um cenário de extinção, seja ela formal ou por meio de uma incorporação forçada por outra legenda maior. Para Marconi Perillo, o episódio é um revés direto em seu projeto pessoal, que apostava na união como forma de recuperar protagonismo nacional e se fortalecer para um eventual retorno à cena política goiana.

Ainda conforme a coluna, o efeito prático do desfecho foi o oposto do esperado por Marconi. Além de perder estrutura e capital político, o ex-governador se vê cada vez mais isolado. O fracasso da fusão, por outro lado, amplia a base governista em Goiás e fortalece ainda mais o grupo liderado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB), provável candidato à reeleição em 2026.

A análise aponta que, sem base, sem um partido forte e sem articulação, Marconi Perillo assiste à consolidação de um novo ciclo político em Goiás, do qual ele estaria "completamente alijado".

Alívio no Podemos 

As divergências sobre o comando do novo partido teriam sido a principal razão para o fracasso do acordo. Marconi Perillo teria proposto um modelo de rodízio na presidência, inicialmente a cada seis meses e, posteriormente, anual, até as eleições municipais de 2028, com eleição para o diretório nacional após esse período. O Podemos, no entanto, não aceitou a proposta tucana.

Em Goiás, o desfecho da negociação foi comemorado pela liderança do Podemos. O presidente estadual do partido, deputado federal Glaustin da Fokus, se disse aliviado. Para ele, o fracasso da fusão abre espaço para trabalhar com tranquilidade na construção de chapas de deputado estadual e federal, além de permitir que a legenda continue a integrar a base do governador Ronaldo Caiado e de Daniel Vilela.

 


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