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Para Marconi Perillo, o episódio é um revés direto em seu projeto pessoal, que apostava na união como forma de recuperar algum protagonismo
Colunista aponta ruína de Marconi Perillo em Goiás
18/06/2025, às 09:30 · Por Redação
O insucesso da fusão entre o PSDB e o Podemos, recentemente
confirmada, representa uma dura derrota para o ex-governador Marconi Perillo,
atual presidente nacional do PSDB. A avaliação é do colunista Cloves Reges do "Fio
Direto", do Diário da Manhã, que repercute o impacto do desfecho para o
projeto político do tucano em Goiás e no cenário nacional.
Segundo a coluna, sob o comando de Perillo, o PSDB, outrora
uma força política influente, afundou rapidamente, perdendo relevância, quadros
expressivos e capacidade de articulação. A debandada recente de governadores
como Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS), que deixaram o partido por não
enxergarem viabilidade para seus projetos, escancarou o esvaziamento da sigla e
sua perda de atratividade para lideranças com ambições eleitorais.
O fracasso da tentativa de fusão empurra o PSDB para um cenário de extinção, seja ela formal ou por meio de uma incorporação forçada por outra legenda maior. Para Marconi Perillo, o episódio é um revés direto em seu projeto pessoal, que apostava na união como forma de recuperar protagonismo nacional e se fortalecer para um eventual retorno à cena política goiana.
Ainda conforme a coluna, o efeito prático do desfecho foi o
oposto do esperado por Marconi. Além de perder estrutura e capital político, o
ex-governador se vê cada vez mais isolado. O fracasso da fusão, por outro lado,
amplia a base governista em Goiás e fortalece ainda mais o grupo liderado pelo
governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e pelo vice-governador Daniel Vilela
(MDB), provável candidato à reeleição em 2026.
A análise aponta que, sem base, sem um partido forte e sem
articulação, Marconi Perillo assiste à consolidação de um novo ciclo político
em Goiás, do qual ele estaria "completamente alijado".
Alívio no Podemos
As divergências sobre o comando do novo partido teriam sido
a principal razão para o fracasso do acordo. Marconi Perillo teria proposto um
modelo de rodízio na presidência, inicialmente a cada seis meses e,
posteriormente, anual, até as eleições municipais de 2028, com eleição para o
diretório nacional após esse período. O Podemos, no entanto, não aceitou a
proposta tucana.
Em Goiás, o desfecho da negociação foi comemorado pela
liderança do Podemos. O presidente estadual do partido, deputado federal Glaustin
da Fokus, se disse aliviado. Para ele, o fracasso da fusão abre espaço para
trabalhar com tranquilidade na construção de chapas de deputado estadual e
federal, além de permitir que a legenda continue a integrar a base do
governador Ronaldo Caiado e de Daniel Vilela.
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