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Instituto das cavalhadas e Ynâe Siqueira (UB) se pronunciaram sobre o caso
Cavaleiro entrega argola para ex-candidata a prefeita e é expulso das Cavalhadas de Pirenópolis
16/06/2025, às 16:11 · Por Redação
Um cavaleiro foi expulso das Cavalhadas de Pirenópolis após entregar uma argola — item que representa honra e habilidade na encenação — para a ex-candidata a prefeita da cidade, Ynâe Siqueira (UB). O Instituto Cultural Cavalhadas de Pirenópolis, entendeu o ato de Paulo Geovane de Oliveira como uma manifestação de cunho político, o que fere o regimento interno da organização, e ele não faz mais parte do quadro de participantes da festa.
O comunicado destaca que a atitude do cavaleiro gerou vaias imediatas do público presente. “A Cavalhada é uma manifestação cultural e religiosa, com caráter apartidário. Ao longo de seus 199 anos, manteve-se acima de interesses políticos, sendo sustentada pelo povo pirenopolino, independentemente de partidos ou governos”, afirma a nota.
A decisão foi unânime entre Reis, Embaixadores e demais cavaleiros dos Castelos Cristão e Mouro, que consideraram que o ato viola os princípios que sustentam a tradição. “A Cavalhada não é palco político, é expressão de tradição, união e fé”, reforça o texto.
O Instituto afirma que essa não foi a primeira vez que Paulo Geovane realizou atos com conotação política utilizando o evento. “Em outras ocasiões, ele já usou a estrutura e os símbolos da Cavalhada para promover interesses partidários, descumprindo o compromisso de neutralidade que se espera de todos”, pontuou.
A expulsão do cavaleiro das Cavalhadas de Pirenópolis provocou indignação da própria Ynâe, que publicou uma carta de repúdio. “Outros políticos também receberam argolinhas e nenhum cavaleiro foi afastado. Isso é autoritário e antidemocrático”, criticou.
A ex-candidata a prefeita saiu em defesa do cavaleiro expulso das Cavalhadas de Pirenópolis. “Ele não cometeu crime, não desrespeitou ninguém, não feriu a tradição. Apenas expressou apoio a mim — uma mulher pública, ex-vereadora, que luta por Pirenópolis”, declarou.
Ela também afirmou que a decisão foi uma tentativa de “silenciar uma opinião” e disse que vai lutar para reverter o afastamento. Já o Instituto reiterou que a expulsão não foi motivada pela entrega da argola, mas pelo uso do microfone em um momento solene para fins de promoção política.
Cavaleiro é expulso das Cavalhadas de Pirenópolis após entregar argola para ex-candidata a prefeita