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Consumidor não sentiu a redução de 17 centavos no preço da gasolina anunciada pela Petrobras
Sindiposto justifica demora de repasse da queda da gasolina em postos
12/06/2025, às 09:44 · Por Redação
A recente redução de 17 centavos no preço da gasolina pela
Petrobras tem gerado questionamentos entre os consumidores goianos, que não
veem essa queda ser repassada integralmente nas bombas dos postos. Enquanto os
aumentos são sentidos de imediato, as baixas parecem demorar a chegar ou são
diluídas no caminho.
Márcio Andrade, presidente do Sindiposto-GO (Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás), explicou à
coluna Giro de O Popular os múltiplos fatores que impedem a queda integral do
preço final.
"Alguns postos reduziram, mas variando de 5 a 10
centavos, porque há outros fatores na conta", afirmou Andrade. Ele detalha
que a composição da gasolina comercializada no Brasil inclui 27% de
etanol, o que já reduz o impacto da baixa da Petrobras para cerca de 12
centavos.
O presidente do Sindiposto-GO aponta
as distribuidoras como o principal entrave. "Distribuidoras têm
liberdade de preço e a maioria não repassou 100%. O problema maior é lá",
ressaltou. Isso significa que, mesmo com a redução na refinaria, o custo de
aquisição para os postos pode não diminuir na mesma proporção.
Além disso, outros custos operacionais influenciam o preço
final. Andrade cita o aumento na conta de energia, com a bandeira
vermelha, e o reajuste de 7% no salário dos frentistas, que começou a ser
pago em junho.
Assim, a dinâmica de preços nos postos de combustíveis é
complexa e não reflete apenas a variação do valor do produto na Petrobras. A
cadeia de custos, desde a mistura com etanol, passando pela margem das
distribuidoras, até as despesas operacionais dos próprios postos, contribui
para que as reduções não cheguem de forma total ao consumidor.
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