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Goiânia, 13/06/25
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Consumidor não sentiu a redução de 17 centavos no preço da gasolina anunciada pela Petrobras

Sindiposto justifica demora de repasse da queda da gasolina em postos

12/06/2025, às 09:44 · Por Redação

A recente redução de 17 centavos no preço da gasolina pela Petrobras tem gerado questionamentos entre os consumidores goianos, que não veem essa queda ser repassada integralmente nas bombas dos postos. Enquanto os aumentos são sentidos de imediato, as baixas parecem demorar a chegar ou são diluídas no caminho.

Márcio Andrade, presidente do Sindiposto-GO (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás), explicou à coluna Giro de O Popular os múltiplos fatores que impedem a queda integral do preço final.

"Alguns postos reduziram, mas variando de 5 a 10 centavos, porque há outros fatores na conta", afirmou Andrade. Ele detalha que a composição da gasolina comercializada no Brasil inclui 27% de etanol, o que já reduz o impacto da baixa da Petrobras para cerca de 12 centavos.

O presidente do Sindiposto-GO aponta as distribuidoras como o principal entrave. "Distribuidoras têm liberdade de preço e a maioria não repassou 100%. O problema maior é lá", ressaltou. Isso significa que, mesmo com a redução na refinaria, o custo de aquisição para os postos pode não diminuir na mesma proporção.

Além disso, outros custos operacionais influenciam o preço final. Andrade cita o aumento na conta de energia, com a bandeira vermelha, e o reajuste de 7% no salário dos frentistas, que começou a ser pago em junho.

Assim, a dinâmica de preços nos postos de combustíveis é complexa e não reflete apenas a variação do valor do produto na Petrobras. A cadeia de custos, desde a mistura com etanol, passando pela margem das distribuidoras, até as despesas operacionais dos próprios postos, contribui para que as reduções não cheguem de forma total ao consumidor.


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