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Ênio Tavares
Mortes de aves em criatórios domésticos acendem alerta em Santo Antônio da Barra e Montes Claros de Goiás; zoológico de Goiânia também é monitorado
Goiás investiga dois novos casos suspeitos de gripe aviária
11/06/2025, às 09:57 · Por Redação
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou nesta terça-feira, 10, que investiga dois novos casos suspeitos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), conhecida como gripe aviária, no interior de Goiás. As notificações foram feitas na última segunda-feira, 9, após mortes de aves em propriedades rurais de subsistência nos municípios de Santo Antônio da Barra, no sudoeste do estado, e Montes Claros de Goiás, na região centro-oeste.
Segundo a Agrodefesa, os criatórios não são comerciais, mas os sintomas apresentados pelas aves — como asas caídas, secreção nasal, dificuldade para respirar, diarreia, apatia e inchaço na face — acenderam o alerta sanitário. Em Montes Claros, morreram 35 galinhas e sete perus. Já em Santo Antônio da Barra, cerca de 100 galinhas foram encontradas mortas.
Equipes técnicas da Agrodefesa estiveram nos locais, realizaram a coleta de amostras e encaminharam o material para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária, localizado em Campinas (SP). O resultado dos exames deve sair em até dez dias úteis.
“Até o momento, não há casos suspeitos em granjas comerciais no estado de Goiás, que permanecem com status livre” da doença, informou a Agrodefesa em nota. As propriedades afetadas foram interditadas provisoriamente, e medidas de contenção estão em curso, como a proibição do trânsito de animais, restrição de acesso e protocolos de biossegurança, conforme determina o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
Os novos registros surgem um dia após outro caso levantar suspeitas: a morte de um cisne negro no Zoológico de Goiânia. Apesar da preocupação inicial, a supervisora veterinária do zoo, Jamile França, afirmou que o animal “não tinha sintomas de gripe aviária”. Ainda assim, o local permanecerá interditado até que os exames laboratoriais descartem qualquer risco.
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