Criança de Goianésia está entre os 12 primeiros pacientes do Hospital do Câncer

A jovem Jhennifer Louise Souza Camargo, de 12 anos, moradora de Goianésia, está entre os primeiros pacientes recebidos no Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em Goiânia. Ela foi transferida para a unidade nesta segunda-feira, 9, para iniciar exames e tratamento de um tumor descoberto recentemente na região abdominal, com indícios de estar localizado entre a bexiga e o estômago.

A mãe de Jhennifer, Naiara Pereira de Souza, relatou que a descoberta do tumor ocorreu no último domingo. Após encaminhamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Goianésia para Goiânia, a família passou primeiro pelo Hospital do Coração (Ecard) antes da transferência para o Cora.

Naiara expressou grande alívio ao conseguir a vaga no novo hospital. "Já é um alívio, graças a Deus, conseguimos essa vaga", afirmou a mãe, que também agradeceu o apoio recebido. Naiara destacou a boa reputação do Cora e mencionou um encontro com o governador Ronaldo Caiado. "Foi muito bom saber que ele estava junto com todo mundo. Eu creio em Deus e estou confiante com a ajuda de todo mundo daqui, do governador", disse Naiara, com expectativa de sucesso no tratamento da filha.

Cora inicia atendimento com 12 pacientes pediátricos

A admissão de 12 pacientes pediátricos no Cora nesta segunda-feira, 9, marca o início das atividades da primeira etapa do hospital, que tem inauguração oficial prevista para julho. O governador Ronaldo Caiado acompanhou o início dos trabalhos e definiu o momento como a concretização de um sonho. "Não tem nenhum hospital privado no país que dá as mesmas condições de atendimento e procedimentos que estamos dando às crianças, via SUS [Sistema Único de Saúde]. Isso é inédito", ressaltou.

O Cora é visto como um marco no tratamento contra o câncer no Brasil, contando com equipamentos modernos e ampla estrutura. A primeira etapa do projeto recebeu investimento estadual de R$ 192,7 milhões em obras e R$ 63,2 milhões em equipamentos. Henrique Prata, presidente da Fundação Pio XII, responsável pela gestão do hospital, anunciou que parte desse recurso será devolvida aos cofres públicos. "Sobrou crédito de receita e estamos devolvendo para o Tesouro do Estado".

Durante a visita, Caiado enfatizou a rapidez na construção da obra, superando dificuldades para oferecer tratamento oncológico gratuito à população. "Muita gente achou que não aconteceria", comentou, lembrando que a aquisição do terreno, antes pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), levou três anos, mais tempo do que a construção, equipagem e início dos atendimentos. "Demoravam em torno de 15 ou 20 anos para se construir um hospital em Goiás. Esse foi construído em dois anos e um mês depois da terraplanagem", concluiu o governador.

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Cora Hospital do Câncer