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Capital registra maior número de equipamentos de videomonitoramento da história, mas falta de padronização levanta dúvidas sobre função e responsabilidade por parte dos órgãos públicos
Goiânia já tem 4 mil câmeras nas ruas, mas nem todas têm dono identificado
31/05/2025, às 10:04 · Por Redação
O espaço urbano de Goiânia passou a ser fortemente vigiado por câmeras nos últimos meses. Estima-se que pelo menos 4 mil equipamentos estejam instalados em vias, praças, parques e canteiros, número que pode chegar a 6 mil até o fim de 2025. São tantos tipos e modelos que nem mesmo a Prefeitura consegue identificar a origem ou a finalidade de alguns deles, como ocorre na Avenida T-63, onde há aparelhos sem registro de autorização e que não fazem parte de nenhum contrato municipal.
A diversidade de câmeras é ampla: há dispositivos para fiscalização de trânsito, monitoramento de segurança pública, controle semafórico e até inteligência artificial para priorizar ônibus em corredores exclusivos. Apesar da expansão, a Prefeitura informou ao jornal O Popular que possui quatro contratos ativos para o uso desses equipamentos, principalmente sob responsabilidade da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), que opera radares e câmeras de videomonitoramento em pontos estratégicos da cidade.
Além dos contratos diretos, a capital firmou parcerias com o setor privado, como o programa Conecta Goiás, que permite o uso de imagens de empresas por órgãos de segurança. "São 509 câmeras privadas vinculadas ao projeto, reforçando o patrulhamento das vias públicas", informou a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO). Também o sistema de transporte coletivo metropolitano contribui: segundo o Redemob, já foram instaladas 2.618 câmeras em ônibus, terminais e estações BRT, com previsão de mais 3.942 até 2026.
A falta de controle, porém, preocupa. Há equipamentos em funcionamento sem autorização da Secretaria de Planejamento (Seplan), como também aparelhos desligados ou abandonados, que nunca foram retirados. “Somente locais com sinalização adequada podem gerar autuações. Os demais servem para apoio operacional”, explica a SET, que projeta alcançar 100 câmeras de videomonitoramento urbano até dezembro deste ano.
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