Matérias
Divulgação
Administração do ex-prefeito Rogério Cruz deixou dívida de mais de R$ 250 milhões com hospitais e fundação que administra maternidades, enquanto que ex-secretário Wilson Pollara foi preso por pagamentos irregulares
Auditoria remete ao caos na saúde durante gestão Rogério Cruz
29/05/2025, às 09:33 · Por Redação
A auditoria iniciada nesta semana pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) nas principais maternidades públicas da capital trouxe de volta à tona todo o caos e os escândalos deixados pela gestão do ex-prefeito Rogério Cruz na Prefeitura de Goiânia. Em novembro do ano passado, o então secretário de Saúde de Cruz, Wilson Pollara, foi preso em operação do Ministério Público de Goiás (MPGO) que investigou irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A prisão de Pollara ocorreu em meio à crise na saúde da capital, quando, segundo o MP, a dívida da Prefeitura com os hospitais conveniados, prestadores de serviços, fornecedores e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) ultrapassou os R$ 250 milhões. A Fundahc administra as três maternidades da cidade - Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara. Em agosto de 2024, a Fundação suspendeu os atendimentos nas unidades por falta de repasse dos recursos pela gestão Rogério-Pollara.
Pollara foi preso por possíveis direcionamentos de pagamentos a determinadas pessoas jurídicas, em detrimentos de outras, segundo o MP. “Identificamos também pagamentos feitos de maneira irregular, podemos dizer, clandestinamente, fora dos cofres ou caixas oficiais, sem a devida declaração na contabilidade pública”, disse, à época, o promotor Rafael Correa Costa. Segundo a promotoria, também houve indícios de possível atuação direta na omissão de provas, incluindo orientações para que potenciais testemunhas permanecessem em silêncio, o que motivou a prisão.
Enquanto as dívidas e escândalos se acumularam na gestão Cruz, a crise da saúde vitimou, pelo menos, cinco pessoas no fim de 2024. Severino Santos, Katiane Silva, Janaína de Jesus, Luiz Felipe Figueiredo da Silva e João Batista Ferreira morreram no final de novembro à espera de vagas em UTIs de Goiânia. As famílias chegaram a procurar auxílio do MP-GO e da Justiça, mas o serviço de saúde pública não chegou a tempo.
Política Gestão Rogério Cruz Auditoria Caos Saúde Goiânia Goiás,