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Amanda Borges viajou para assistir à Fórmula 1 e foi encontrada sem vida em quarto incendiado; suspeito do crime está preso
Goiana morta em incêndio no Japão é sepultada em Caldazinha, interior do Estado
25/05/2025, às 09:04 · Por Redação
Foi sepultado neste sábado, 25, em Caldazinha (GO), o corpo da goiana Amanda Borges da Silva, de 31 anos, encontrada morta após um incêndio em um quarto de hotel em Narita, no Japão. A cerimônia de despedida foi marcada pela comoção de familiares, amigos e moradores da cidade, que lembraram Amanda como “uma jovem cheia de sonhos, querida por todos”.
O corpo da brasileira chegou ao Brasil na sexta-feira, 24, quase um mês após a tragédia ocorrida em 1º de maio. Antes de ser levado para Goiás, o traslado incluiu uma parada em São Paulo, onde a família teve que realizar um novo reconhecimento da vítima, como parte dos trâmites legais.
Amanda estava no Japão desde abril para acompanhar o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Suzuka. Ela planejava retornar ao Brasil justamente no dia em que seu corpo foi encontrado sob os escombros do quarto onde estava hospedada, após o local ser consumido pelo fogo.
Investigação
Dois dias após a descoberta do corpo, em 3 de maio, a polícia japonesa prendeu o principal suspeito do crime, identificado como Abeysuriyapatabedige Pathum Udayanga, de 31 anos, natural do Sri Lanka. Segundo as autoridades, ele morava no mesmo prédio da vítima e admitiu, em depoimento, ter presenciado o fogo, mas afirmou que "entrou em pânico" e não tentou apagá-lo. O caso segue sob segredo de Justiça.
A família de Amanda revelou que, horas antes de desaparecer, a jovem expressou preocupação com o comportamento de um homem com quem teria conversado. Em uma troca de mensagens com o namorado, ela comentou, em tom de brincadeira: “Acho que ele está fazendo casinha para mim, kkk”. A observação veio após estranhar o fato de o homem falar em hindi durante a ligação.
Até o momento, a causa oficial da morte não foi divulgada. Suspeita-se que Amanda tenha sofrido asfixia devido à inalação de fumaça, conforme informações veiculadas pela imprensa japonesa.
Solidariedade
O traslado do corpo de Amanda do Japão até o Brasil mobilizou uma rede de apoio. Cerca de 70% do valor necessário — aproximadamente R$ 55 mil — foi arrecadado por meio de uma campanha organizada pela mãe da jovem. Os outros 30% foram custeados pelo Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás (GAI), que auxilia na repatriação de moradores do estado que morrem no exterior.
Embora o programa estadual normalmente cubra a cremação e envio das cinzas, a família optou por trazer o corpo, o que exigiu complementação de recursos devido aos custos com embalsamamento e transporte da urna funerária. Amanda foi sepultada às 16h no Cemitério Municipal de Caldazinha.
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