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Goiânia, 01/06/25
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Major Vitor Hugo tem dois grandes ativos: a amizade leal de Jair Bolsonaro e seu temperamento que possibilita diálogos que o bolsonarismo raiz não alcança

Coluna do Pablo Kossa: Bolsonarismo no ringue é oportunidade pra Daniel e Gracinha

22/05/2025, às 20:20 · Por Pablo Kossa

O caldo entornou. Gustavo Gayer abriu a caixa de ferramentas e chegou o bete sem dó no Major Vitor Hugo. Chamou o ex-aliado de covarde. Disse que o vereador goianiense não será candidato ao Senado. E não foi uma atitude isolada de Gayer. Ele estava ladeado de Wilder Morais, Fred Rodrigues e Oséias Varão – figuras de proa do bolsonarismo pequi. Ou seja, não falou só por si.

Os impropérios fartos foram proferidos na última segunda-feira, 19, no programa Papo Aberto da TV Capital. Vitor Hugo reagiu apenas postando uma foto de uma videochamada em seu Instagram. Mais nada. O que não é surpreendente. Ele tem um perfil distinto de Gayer. É mais de bastidor do que do microfone. Está agindo, por óbvio, mas fora do holofote.

Quem assiste ao pega para capar de camarote é a base caiadista. Daniel Vilela e Gracinha Caiado observam toda confusão com a tranquilidade de quem só se beneficia com o racha do bolsonarismo goiano. Eles ganham muito com a beligerância na extrema-direita.

Major Vitor Hugo tem dois grandes ativos: a amizade leal de Jair Bolsonaro e seu temperamento que possibilita diálogos que o bolsonarismo raiz não alcança. Foi essa capacidade de articulação que levou o vice-governador goiano ao encontro do ex-presidente, o início da costura de uma aliança até pouco tempo tida improvável.

A campanha para prefeito em Goiânia e Aparecida foi violenta. Deixou cicatrizes. Vitor Hugo atua para deixar o que ficou para trás de lado. Ele parte do dado óbvio que o PL perdeu as duas disputas. Logo, é o partido de Bolsonaro que tem que puxar a reconciliação com lado político vencedor.

Já Gayer tem outras características. Popular nas redes, grande capacidade de comunicação e temperamento irascível. Prefere o embate ao diálogo. Fica mais confortável na treta do que na aliança. Tem apreço pela polêmica.

Os outros, como diz o Kid Abelha, são os outros e só.

Fred é colado no deputado federal. Ele está para Gayer assim como Robin está para o Batman. Vai seguir seu líder para onde o mais popular apontar.

Wilder e Oséias são diferentes. Ambos têm perfil Centrão. O senador já foi marconista, caiadista e agora é bolsonarista. O vereador já foi do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e líder de Iris Rezende na Câmara de Vereadores. Não prezam coerência ideológica. Mudam conforme o vento. Surfam a onda do momento.

Se a oposição unida já teria trabalho duro para fazer frente à candidatura de Daniel ao Governo e Gracinha ao Senado, dividida em briga fratricida facilita muito o trabalho dos aliados de Ronaldo Caiado. 


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