Sucessão 2026: Wilder Morais quer liderar oposição, mas não consegue unir nem o PL

Desde que se elegeu senador, em 2022, Wilder Morais (PL) apresenta-se como pré-candidato ao governo em 2026. A tentativa do empresário de liderar a oposição na disputa pelo Palácio das Esmeradas esbarra em resistência no próprio PL. Nessa semana, a briga interna entre os liberais tornou-se pública e irremediável. 

O vereador por Goiânia Vitor Hugo (PL) alimenta disputar o Senado na base política do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que tem o vice-governador Daniel Vilela (MDB) como candidato natural ao governo. Dessa forma, a vontade do vereador confronta diretamente o projeto político de Wilder Morais. 

Um programa na TV Capital, com toda a cúpula do PL presente, expos o ambiente tóxico do partido em Goiás. Além de Wilder Morais, o deputado federal Gustavo Gayer, e Fred Rodrigues, candidato derrotado a prefeito de Goiânia, fizeram duros ataques a Vitor Hugo e o ameaçaram de expulsão da legenda. 

No entanto, qualquer decisão na sigla é tomada exclusivamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a coluna Giro, de O Popular, fragilizado pelo processo em andamento Supremo Tribunal Federal (STF) pelo suposto planejamento de um golpe de estado, o ex-presidente agiu para colocar ‘panos quentes’ na contenda em Goiás.  

Ainda que vença a briga interna contra Vitor Hugo, o que está longe de ser resolvido, Wilder tem um longo caminho pela frente para viabilizar uma candidatura ao governo. O senador acreditou que sairia fortalecido da disputa municipal no ano passado, mas elegeu apenas a metade dos 50 prefeitos em que apostou. E alguns gestores já aderiram à base governista. 

Se não consegue a unidade do PL, Wilder está mais distante ainda de conquistar qualquer apoio para enfrentar a máquina governista na disputa estadual. A tese de Vitor Hugo – que tem a simpatia de Bolsonaro – de que é melhor garantir uma cadeira no Senado do que colher outra derrota para o governo ainda está longe de ser derrotada. 

Wilder Morais tem um ano para provar, além dos radicais que o seguem ou daqueles que se encantam pelo seu dinheiro, que pode liderar um projeto possa ser minimamente viável para a sucessão estadual de 2026.

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