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Goiânia, 02/07/25
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Valor mínimo das ofertas pela totalidade dos lotes é consideravelmente menor do que os R$ 400 milhões inicialmente estimados nos bastidores

CelgPar será leiloada em setembro com valor mínimo de R$ 193,9 milhões

20/05/2025, às 15:40 · Por Redação

Foi publicado, nesta segunda-feira, 19, o edital do leilão da Companhia Celg de Participações, a CelgPar. A venda pública ficou pré-agendada para o dia 30 de setembro deste ano, na B3, em São Paulo. Na ocasião, serão leiloados os quatro lotes de participações acionárias da empresa. O valor mínimo das ofertas pela totalidade dos lotes foi estabelecido em R$ 193,9 milhões – montante consideravelmente menor do que os R$ 400 milhões inicialmente estimados nos bastidores.


Aprovado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) ainda em 2023, o processo de privatização da CelgPar teve início ainda em 2023. A empresa de economia mista tem como principal acionista o governo de Goiás – que detém 99,90% das ações – e tornou-se a última das Celgs ainda em poder do Estado, após a venda de suas subsidiárias Celg Distribuição (Celg-D) e Celg Transmissão (Celg-T).


Em setembro, conforme edital e comunicado ao mercado assinado pelo vice-presidente Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, serão leiloados 100% das ações de emissão da Firminópolis Transmissão S.A. e 100% das ações de emissão da Lago Azul Transmissão S.A., pelo preço mínimo de R$ 62,1 milhões – ações correspondentes ao Lote A.


No Lote B, serão leiloados 49% das ações de emissão da Pantanal Transmissão S.A., pelo preço mínimo de R$ 31,1 milhões. Já no Lote C, serão vendidas 20% das ações de emissão da Energética Fazenda Velha S.A., pelo preço mínimo de R$ 8,7 milhões.


Por fim, no Lote D, serão leiloados 37,5% das ações de emissão da Energética Corumbá III S.A., pelo preço mínimo de R$ 91,8 milhões.


Desestatização


Conforme apurado pelo Jornal Opção em março deste ano, avaliava-se na cúpula da CelgPar um valor de ao menos R$ 400 milhões pela totalidade dos lotes. “É uma empresa da bolsa. Quando se retira sua musculatura, claro que perde valor”, disse uma fonte palaciana, na época. No entanto, segundo interlocutores ouvidos pela reportagem nesta segunda-feira, o montante de R$ 193,9 milhões definidos ao final “ainda foi um bom valor”.


Quando os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei que autorizava o Executivo goiano a promover medidas de desestatização, em 2023, o governo de Goiás, autor do projeto, defendeu que a “iniciativa privada demonstrou ser uma alternativa forte e capitalizada para os investimentos nos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia, e esse fato tende a reduzir a participação do Estado como investidor no setor elétrico”.


O argumento oficial é de que a desestatização da CelgPar trará melhoria da infraestrutura e da transmissão de energia elétrica, além de benefícios financeiros ao Estado de Goiás, com redução da dívida pública e contribuição para a reestruturação econômica e para a possibilidade de concentração dos recursos da administração pública em áreas prioritárias, como educação e saúde.


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