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Vilmar Rocha e Francisco Júnior avaliam deixar legenda presidida por Vanderlan Cardoso, que pode trocar reeleição ao Senado por disputa à Câmara
Crise no PSD: esvaziamento impulsiona saída de lideranças e possível migração para o MDB
18/05/2025, às 11:34 · Por Redação
O Partido Social Democrático (PSD) vive um momento de forte retração em Goiás. Enquanto a legenda mantém peso nacional, no estado enfrenta um encolhimento progressivo, resultado de desempenho eleitoral decepcionante e de problemas internos de articulação política. A crise pode provocar novas debandadas, entre elas as do ex-deputado federal Vilmar Rocha e do presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Francisco Júnior, que avaliam migrar para o MDB do vice-governador Daniel Vilela.
Internamente, há críticas ao que se chama de "fechamento do partido" em torno do senador Vanderlan Cardoso e do deputado federal Ismael Alexandrino. “Por falta de diálogo, pois Vanderlan e Ismael teriam fechado o partido para eles”, comenta um dirigente ouvido pelo jornal Opção.
O próprio Vanderlan, que é presidente estadual do PSD, ficou em quinto lugar na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2024. Sua esposa, Izaura Cardoso, também não conseguiu vencer em Senador Canedo, ficando em terceiro. O resultado acendeu o alerta vermelho na sigla, que hoje tem apenas três prefeitos eleitos — e já perdeu um. Outro, segundo lideranças locais, está com saída iminente.
A situação fragiliza a perspectiva de reeleição de Vanderlan ao Senado. Apesar de ele afirmar que tentará renovar o mandato em 2026, interlocutores indicam que o senador considera uma candidatura a deputado federal como uma forma de manter-se na vida pública. “Não quer ficar sem mandato”, comenta um aliado. O plano incluiria uma chapa com dois nomes de peso: o próprio Vanderlan e Ismael Alexandrino. A expectativa é eleger ao menos um dos dois.
A mudança de rumo é vista como pragmática diante da falta de estrutura e bases eleitorais relevantes, tanto na capital quanto no interior. Um militante do PSD resume o clima no partido: “No PSD é assim: o último a sair que apague a luz.” E completa: “Se Vanderlan e Ismael ficarem sem mandato entre 2027 e 2030, o que restará do partido? Voltará ao pó.”
MDB abre as portas
A possibilidade de saída de Vilmar Rocha, uma das figuras mais respeitadas do liberalismo no país, e de Francisco Júnior, é vista como um duro golpe no projeto de reconstrução do PSD em Goiás. Ambos têm mantido conversas com o MDB, que já se colocou à disposição para recebê-los. Vilmar, inclusive, nutre grande admiração por Daniel Vilela, a quem tem elogiado em entrevistas ao jornal Opção.
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